Lá fomos nós a mais um destino “exótico”...
Mas essa idéia não foi só minha não viu!!!
A promoção lançada pela LATAN e divilgada pelo site
Melhores Destinos (www.melhoresdestinos.com.br)
lotou os aviões para a ilha de brasileiros.
O português era o idioma mais falado por lá nestes
últimos meses, apesar de só haver uma brasileira residente na ilha.
Mas o que me impulsionou a este destino, e me leva a
boa parte das minhas viagens, foi a busca por algo único no mundo. Não há
relato de nada semalhante aos MOAI ou à cultura da civilização Rapa Nui.
Em busca desta energia e de tentar aprender um pouco
desta história, arrumamos nossas malas e partimos a mais este lugar no mundo.
Vem com agente...
UM POUCO DA HISTÓRIA
Ir a um lugar como estes e não ler um pouco sobre a
sua história é um grande desperdício de tempo e dinheiro.
Tem preguiça de ler?!
Então veja o filme “Rapa Nui”, lançado em 1994 e que
tem Kevin Costner entre os seus produtores. Vou lhe contar um segredo: no
YouTube você acha ele na íntegra e legendado.
Vou lhe contar outro segredo: quando você chega na
ilha, descobre que tudo ainda é muito nebuloso. São várias versões diferentes
da história. A falta de registros em pinturas ou escrita, ou mesmo passada por
gerações, fez com que tudo se transformasse em um grande mistério. O que
aumenta ainda mais a magia do lugar.
As atrocidades cometidas pelos estrangeiros, com
saques, sequestros, escravidão, assassinatos... enterraram a verdadeira
história daquele povo, juntamente com os Moais.
Hoje, dos cerca de 6.000 habitantes, aproximadamente
1.600 são descendentes Rapa Nui e a história de certa forma é mantida pelos
mais anciãos.
Vou tentar dar uma resumida com a versão presente no
Museu da ilha.
Estima-se que a primeira colonização da ilha tenha
ocorrido em alguma época entre os anos 800 e 1200 d.C. pelos povos polinésios.
A partir daí os Rapa Nui escreveriam a sua própria história.
Duas embarcações teriam chegado a ilha. Uma delas
com HOTU MATU’A, o primeiro ARIKI MAU (rei), e a outra com AVAREIPUA, sua irmã.
Não se sabe ao certo se a fase de povoamento da ilha foi realizada apenas por
essa migração ou por várias delas. Os arqueólogos dividem em três fases:
I – Fase de povoamento: Que vai da chegada até o
desenvolvimento da cultura própria (800 a 1.200 d.C.).
II – Fase AHU MOAI: Fase em que a cultura alcança o
máximo do seu esplendor, com a construção de grandes centros cerimoniais e das
grandes estátuas. Esta fase se estenderia até o século XVII.
III – Fase HURI MOAI: Etapa de conflito entre os
diferentes clãs, com a derrubada das estátuas e surgimento do culto a TANGATA
MANU, o homem pássaro. Esta fase se estenderia até a chegada dos missionários
católicos, em 1864.
A organização das tribos se dava por clãs
familiares, que habitavam partes distintas da ilha e obedeciam à seguite
hierarquia de linhagem sob o comando do homem mais velho:
ARIKI MAU – Rei e lider espiritual de toda a ilha, e
que concentrava a maior quantidade de MANA (poderes sobrenaturais).
ARIKI PAKA – Aristocrata e que também possuia um
pouco de MANA.
TANGATA HONUI – Anciãos importantes que acessoravam
ARIKI MAU
IVI ATUA – Sacerdotes de alta relevância.
MATATO’A – Destacados guerreiros de cada clã.
PAOA – Guerreiros de menor relevância
MAORI – Especialistas em diversas artes e
disciplinas.
KIO – Lugar mais baixo na hierarquia social.
Servente, refugiado ou escravo.
Como em toda sociedade, também havia a Lei na ilha.
Os TAPU eram as proibições impostas pelos que tinham o MANA e que poderia
incluir até a pena de morte para aqueles que a infligissem. Elas se aplicavam a
lugares, alimentos e pessoas. Quem tocasse em ARIKI MAU poderia sofrer graves
consequências, por exemplo.
Mas ARIKI MAU não era o Deus deles, MAKE-MAKE sim.
Existem mais de 500 petroglifos (desenhos nas rochas) espelhados pela ilha,
representando a presença e o culto a esta figura que parece um crânio sem a
mandíbula. Outros deuses também eram cultuados com menor intensidade e faziam
parte das lendas locais pelo fato de poderem “encarnar” em objetos ou animais.
HIRO, TANGAROA, RONGO, TIVE e HAUA, são alguns exemplos.
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| Petroglifo |
E o que acontecia quando morria o ARIKI MAU ou outro
membro da alta hierarquia?!
Foi daí que surgiram os MOAI.
Como na maioria dos lugares habitados pelos
polinésicos, as tribos da ilha tinham centros cerimoniais onde os ancestrais
eram cultuados. Eles eram compostos por uma praça retangular que tinha uma
espécie de altar em um dos seus lados, geralmente chamado de AHU. Cada ilha
polinésica tinha seu centro característico. Na ilha de páscoa foram
identificados centros cerimoniais com 3 tipos diferentes de AHU.
1 – AHU MOAI – Tipo mais comum e grande
representativo do auge da cultura e da civilização RAPA NUI. Sua característica
mais notável era a presença de grandes estátuas de pedra basáltica: os MOAI. A
estrutura básica destes centros cerimoniais podia ser dividida da seguinte
forma.
a. Plataforma
central – Parte mais importante, pois suportaria as estátuas MOAI,
representativa do ancestrais que estariam ali sepultados. Delimitadas por
pequenos muros nas alas laterais e com uma rampa de acesso, utilizada para
conduzir as estátuas ao topo da plataforma.
b. A
praça – Espaço localizado em frente a plataforma, utilizado para realização de
reuniões e cerimônias. Em algumas delas havia um espaço circular, delimitado
por pedras e chamado de PAINA, onde se realização cerimônias recordatórias em
homenagem aos entes queridos.
c. Crematórios
– Localizados atrás das plataformas e utilizados para cremar os corpos.
d. As
cisternas funerárias (AVANGA) – Localizadas nas rampas de acesso e utilizadas
para colocação dos restos mortais. Tiveram a sua construção após o abandono dos
crematórios.
e. Aldeia
(HARE PAENGA) – Localizada à frente dos centros cerimoniais, a uma certa
distância, e habitada pelos hierarquicamente superiores.
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| AHU MOAI |
2 – AHU semi-piramidais – Como o nome já diz, são
plataformas em forma de uma semi pirâmide, utilizados como um túmulo coletivo e
sem MOAI .
3 – AHU POE POE – Com formato semelhante a um barco,
também utilizados como túmulo coletivo e aparentemente construído após o
contato com os europeus e suas embarcações.
Mas vamos conhecer um pouco sobre as mágicas
estátuas dos MOAI.
Segundo os dados presentes no museu, são 887
estátuas contabilizadas na ilha. Destas, 397 permaneceram no local onde eram
esculpidas (na cratera do vulcão RANO RARAKU), 288 foram transportados e
erguidos em um AHU e 92 foram abandonados no caminho.
De acordo com investigações arqueológicas a maioria
das estátuas tinha 4,05 m de altura e pesava cerca de 12,5 toneladas.
Curiosamente, o maior deles, abandonado no vulcão, tinha 21,6 m e peso estimado
entre 160 e 182 toneladas.
Como eram transportados e erguidos sobre as
plataformas ainda permanece como um grande mistério. Várias teorias foram
elaboradas e até mesmo testadas na prática, mas a forma exata dificilmente será
descoberta. A teoria mais aceita é a mostrada no filme, onde eles eram
talhados, deslizados até a base do vulcão, postos de pé sob uma base de troncos
e levados até os AHU por mecanismos semelhantes a trilhos de trem. Testes foram
feitos com eles transportados deitados, mas ou se quebravam ou não permitiam a
realização de manobras, ficando assim mais provável o seu transporte de pé e
ancorado com cordas para evitar o tombamento. Ao chegar aos AHU eram inclinados
novamente e progressivamente erguidos na posição correta com mecanismos de
alavanca e ancoragem, utilizando troncos e pedras. Essa teoria suportaria ainda
a falta de árvores na ilha quando encontrada pelos primeiros europeus.
Os MOAI mais recentes ostentavam adereços nas
cabeças, chamados de PUKAO. Talhados na cratera do vulcão PUNA PAU, que tinha
coloração avermelhada e eram bem distantes do primeiro. Alguns dizem
representar chapéus outro dizem que eram semelhantes a forma com que os RAPA
NUI arrumávam seus cabelos. A forma com que foram colocados na cabeça dos MOAI
também é um mistério. O mais aceito é que tenham sido colocados enquanto as
estátuas eram erguidas, e não depois de prontas.
A importância destas estátuas, seria para
representar os ancestrais mais importantes e portadores do MANA. Elas seriam
capazes de canalizar essa energia e proteger toda a aldeia. Por esta razão as
estátuas estão na sua maior parte de costas para o mar e de frete para a
aldeia.
Outro dado interessante é que todas as estátuas
terminadas e elevadas tinham olhos. Eles seriam os responsáveis pela
canalização desta energia. Compostos de corais deveriam ser polidos ou
substituídos com regularidade para manter seu brilho.
A escassez de recursos provocada pela derrubada das
árvores e o aumento populacional, levaram ao surgimento de vários conflitos que
culminaram com o declínio da era dos MOAI. Após o embate entre os clãs, os vencedores
derrubavam as estátuas dos adversários como um símbolo de sua vitória. Sendo
assim, pela ação do homem e da naturesa , nenhuma das estátuas permaneceu de
pé. Todas as que hoje se encontram nesta posição foram restauradas.
Encerrada esta era, surgia o culto a TANGATA MANU –
O Homem Pássaro. Com os primeiros preparativos iniciados em julho, as tribos
reuniam-se na vila cerimonial de ORONGO com os candidatos de cada um dos clãs
ao posto de Homem Pássaro. No mês de agosto eles partiam em direção a MOTU NUI,
uma das ilhotas que estão próximas da ilha principal, enfrentando o
despenhadeiro e o mar com tubarões, e permaneciam lá até setembro, quando os
primeiros MANUTARA (pássaro sagrado) chegavam para pôr seus ovos. A missão dos
TANGATA MANU era retornar a vila com o primeiro ovo intacto e entregá-lo ao líder
do seu clã. Desta forma, durante todo o ano que se seguia, o clã vencedor assumia
o controle da ilha. Aqueles que se recusassem a obedecer eram punidos
severamente. Ao TANGATA MANU restava o exílio em RANO RARAKU ou ANAKENA, até o
início de um novo ciclo. A única pessoa autorizada a vê-lo era o sacerdote,
responsável pela sua alimentação e higiene.
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| Manutara |
Este rito então permaneceu até a chegada mais
ostensiva dos diversos colonizadores que passaram sucessivamente pela ilha
roubando, assassinando, escravizando, catequisando... Um dos fatos que mais me
deixou perplexo foi a história dos peruanos que sequestraram mais de 1.500 RAPA
NUI, para escravizá-los em minas no Peru. Destes, menos de 50 retornaram e
trouxeram consigo a lepra e outras doenças, contribuindo para quase dizimar
toda a população.
A ilha também já chegou a ser uma grande fazenda de
criação de ovelhas (e isso durou até 1953!!!). Foi nesta época que os
habitantes da ilha foram proibidos de circular livremente, sendo confinados em
uma pequena região denominada de Hanga Roa. Hoje esta é a única cidade da ilha,
local onde se concentram a maioria dos hotéis, restaurantes e comércio.
A ILHA
Iniciada a cerca de 3.000.000 de anos atrás a
formação da ilha se deu pela erupção de 3 grandes vulcões principais, embora
contabilizem-se cerca de 70 cones secundários. O primeiro dos 3 grandes foi o
POIKE, seguido do RANU KAU e por último do TAREVAKA (ponto mais alto da ilha
com 511 m).
Com o formato peculiar de um triângulo a ilha tem
aproximadamente 173 Km2 de área, sendo grande parte dela plana.
Apesar disso, seu relevo muito particular fez com que apenas 02 praias se
formassem.
Considerada um dos lugares mais isolados do mundo,
ela dista 3.700 do litoral chileno e 4.100 Km do Tahiti. O local habitado mais
próximo é a ilha de Pitcaim, a quase 2.000 Km. Isso rendeu a ilha o título de
umbigo do mundo (embora alguns possam achar que a parte da anatomia humana a
ser aplicada seja outra). Juntamente com a Nova Zelandia em uma ponta e o Hawai
na outra, ela forma o triângulo polinésico, que abriga ilhas com uma tradição
cultural em comum.
A única forma dos produtos que não são produzidos na
ilha (e 90% deles não são) chegarem até ela é por 3 barcos ou 9 voos semanais.
Sendo assim você pode ter uma idéia dos preços praticados por lá. Realmente é
tudo muito caro, mas existem algumas formas de conseguir economizar, como vamos
detalhar durante o texto.
Inicialmente rica em espécies nativas de fauna e
flora, a ilha aos poucos foi sendo explorada até ser totalmente devastada.
Algumas espécies ainda existem graças a ação de exploradores que levaram suas
sementes e plantaram em vários lugares do mundo. Este é o caso do Toromiro, por
exemplo. Hoje existem plantações de Eucalipto e outras tentativas de
reflorestar parte do território.
A fonte de água da ilha é a lagoa existente na
cratera do vulcão Ranu kau. Processada, ela chega potável às torneiras, embora
eu sempre prefira a velha e boa água mineral.
A fonte de energia vem da queima de combustível do
gerador da ilha ou das propriedades. Uma pena, pois o potencial de energia
solar e eólica é praticamente inexplorado.
INFORMAÇOES BÁSICAS
O fuso horário é de menos 3 horas em relação ao
horário de Brasília e a duração do dia é praticamente a mesma, embora agora em
junho o nascer do dia ocorria depois das 7-8 horas e o sol se punha em torno
das 19 horas.
O melhor período para ir é o ano todo, apesar dos
meses de abril, maio e junho serem os mais chuvosos. Por estar isolada no meio
do oceano os períodos chuvosos raramente duram muitas horas, mas dias de céu totalmente
limpo são igualmente raros. Durante o dia a temperatura pode ultrapassar os 26oC,
mas à noite pode cair a 13oC.
Na sua mala os itens indispensáveis são: calças de
tecido leve, pois as trilhas tem a vegetação alta e por vezes espinhosa. Um
calçado reforçado e confortável, se possível de cano alto para proteger seus
tornozelos de entorces no terreno irregular. Proteção para o sol (chapéu,
óculos, protetor solar), pois lá tem um dos índices de radiação ultravioleta
maiores do mundo, mesmo com céu nublado. Um casaco leve, pois à noite o tempo
esfria. Capa de chuva, pois toda hora cai uma aguinha do céu. Lanterna, que
servirá para o caso de você querer explorar as cavernas por conta própria e
também porque algumas ruas à noite são mal iluminadas (e tem buracos). Não
esqueça as medicações que usa e o kit de primeiros socorros, pois só há 1
farmácia. Repelente também é uma boa quando sair à noite. Se tiver uma mochila
de hidratação leve também para se manter hidratado. Se você mergulha, não
esqueça a sua carteirinha de mergulhador, pois cair na água lá é obrigaório. Os
demais itens são os triviais (dá uma olhada lá no post de check list de
viagens). Ahhhh... Não esqueça a câmera!
A voltagem é de 220V e a tomada é de três pinos em
lina, então as nossas tomadas de 2 pinos encaixam normalmente, mas se você
tiver alguma no padrão americano ou com 3 pinos, geralmente eles têm
adaptadores (na dúvida, leve o seu).
O idioma oficial é o espanhol, mas como mais da
metade da população é de estrangeiros você terá praticamente todos os idiomas
falados por lá, até o velho e bom portunhol. Os mais ouvidos são mesmo o inglês
e o espanhol. Os nativos falam a linguagem Rapa Nui. Impossível de entender,
mas muito agradável de ouvir.
A moeda é o peso chileno, que atualmente varia na
cotação 1 real para 210 a 250 pesos. No caso do dólar varia de 1 dólar para 450
a 500 pesos. Na ilha existem três caixas automáticos, caso queira ou precise
sacar a moeda, um no aeroporto, um no Banco do Estado e um no Banco Santander.
Destes, o mais garantido é o Santander (o Banco do Estado vive às moscas). Não
fiz câmbio na ilha e não vi nenhum relato de pessoas que tenham feito, mas acho
que os bancos devem oferecer o serviço. Como passei uma tarde/noite em Santiago
fiz o câmbio por lá mesmo. Todos os lugares que vi sugerem que você já chegue
com o dinheiro na ilha para evitar contratempos. Sugiro que você calcule entre
80.000 e 100.000 pesos por dia (400 a 500 reais), para gastos diversos
(mercado, passeios, refeição, aluguel de carro...) a depender do seu perfil. Mais
de 80% dos lugares aceita cartões de crédito e também Travel Money.
Particularmente eu sugiro o dinheiro, pois como o dólar está bem instável,
despesas no cartão podem virar uma má surpresa na volta ao país.
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| Banco do Estado |
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| Santander |
A principal atividade econômica é sem dúvida o
turismo. Existe um posto de informações turísticas na orla, onde você obtém
mapas e dicas de lugares para comer, ficar e ir. Infelizmente a estrutura
turística vem se deteriorando com o tempo e muito pouco investimento é feito.
Conservação das trilhas, placas informativas e de sinalização, estradas para
acesso aos pontos de interesse, estrutura de apoio, entre tantos outros
problemas, não tiram o encanto e a magia da ilha, mas trazem o temor de que piorem
com o tempo. Sabemos que os MOAI tem um período de vida útil e, se não forem
cuidados, desaparecerão. A grande maioria do que já foi restaurado veio da
iniciativa privada. Uma pena que o governo chileno não dê a devida atenção a
este patrimônio da história mundial.
A melhor forma de explorar a cidade de Hanga Roa é à
pé mesmo. As distâncias são bem curtas e em uma caminhada tranquila você
encontra bons achados. Agora se você quer explorar a ilha, pode fazê-lo
alugando carros ou com tours guiados. Eu recomendo os tours, pois, além de
ajudar a economia da cidade, você ainda tem informações que fazem toda a
diferença em lugares como este. Agora também alugar o carro é uma experiência
única. A solução então é dividir uns dias para os tours (geralmente em 2 dias
você faz os principais) e outros para rodar com o carro. Existe uma única estrada
pavimentada que corta a ilha e lhe leva de Hanga Roa à praia de Anakena. Dela
partem estradas secundárias, de barro mesmo, que levam as atrações. Por isso as
locadoras só têm carros 4X4, motos e quadriciclos. São de transmissão manual, bem
confortáveis e fáceis de dirigir. A única opção que ví, além dessas, eram os
taxis e as bicicletas, para os mais aventureiros e com melhor preparo físico. Mas vamos detalhar mais sobre isso em tópico específico.
A hotelaria não tem luxos, mas nem por isso é menos
confortável. Os 3 hotéis mais luxuosos, cobram proporcionalmente a isso.
Sinceramente?! Acho desnecessário. Procure ficar no centro da cidade e na rua
principal, a Atanu Takena. É lá que ficam as locadoras, os supermecados e
restaurantes principais.
O horário comercial é meio estranho. Há restaurantes que não abrem na segunda, outros na terça, alguns coisas fecham entre as 12 e 15 horaas... Enfim, uma confusão só. A partir das 22 horas o movimento nas ruas cai
bastante e as ruas são mal iluminadas, mas o índice de criminalidade é muito
baixo e a sensação de segurança é muito grande.
A Culinária local é extremamente saborosa e tem como
ponto forte o que vem do mar. Os restaurantes são simples, mas o atendimento
atencioso, embora algumas vezes possa demorar um pouco, então tenha paciência.
Há um único hospital na ilha, mas que me pareceu ter
uma estrutura razoável. De qualquer forma, os casos mais graves são
transferidos em UTI aérea para o continente. Seja prudente e evite arroubos de
coragem, pois um acidente lá pode ser bem grave.
A partir do próximo post entraremos nos tópicos
específicos com maiores detalhes. Aguardem...
