sexta-feira, 1 de março de 2013

Roma parte 1: Chegando, se estabelecendo, se locomovendo, comendo e comprando.



Entre tantas opções, por que Roma? Uma série de fatores na verdade. O primeiro impulso é querer combinar Paris com Londres, devido facilidade de acesso, mas duas cidades caríssimas em uma mesma viagem fica inviável. Sempre quis conhecer a Itália. As opções de destino eram muitas, mas o apelo histórico e mítico desta cidade, além de ter achado uma boa tarifa aérea, fizeram-me optar por ela. Posso dizer que foi uma escolha bem acertada. A cidade é fantástica.

Mapa turístico de Roma
Saímos de Paris pelo mesmo aeroporto que chegamos: Orly. O embarque foi bem tranquilo. Apesar de ser uma empresa concorrida, a EasyJet é bem organizada e o seu processo de check in rápido. Como eu já tinha optado e pago as malas pela internet, e já tinha impresso os cartões de embarque, o meu procedimento foi mais rápido ainda. Além disso também optei por pagar pelo embarque prioritário, pois na minha época não havia como escolher assentos (hoje você já faz isso na compra da passagem), então, com o direito de entrar na aeronave primeiro, pude escolher tranquilamente o local que ia sentar e garantir ficar ao lado da minha mulher (para maiores detalhes sobre a EasyJet, ver o post Europa: Primeiros passos).

Existem 3 aeroportos na região: o Urbe, mais próximo da cidade; o Ciampino, segundo mais próximo; e o Fiumicino, mais distante, mas o maior e mais movimentado. Desembarcamos neste último e, mais uma vez, como era considerado voo local, não tivemos nenhum tipo de problema no desembarque. Pra variar, já havia reservado meu transfer, então no desembarque... Olha lá a plaquinha com meu nome! (Acho que tenho um certo fetiche com isso). Após cerca de 40 a 50 minutos (longe né!) chegávamos ao nosso hotel. Os taxis, ônibus e trem também estão disponíveis, então não se preocupe se não deu pra reservar o transfer. Apesar de a distância ser grande o valor acaba sendo o mesmo gasto em Paris (cerca de 50 a 60 euros), pois o custo de vida lá é bem menor.

Fiumicino
Mais uma vez, após consultar o Tarô, as Runas, o Horóscopo chinês e o santo TripAdvisor, optei pelo hotel UNA (www.unahotels.it/en/una_hotel_roma/roma_hotels.htm). Não tenho queixas, só elogios. Diferentemente de Paris, apesar do preço semelhante da estadia, os quartos são muito maiores e os banheiros amplos, com um chuveirão relaxante. A cama também é bastante confortável. O café da manhã estava incluído na diária, assim como a internet. Mas o mais importante deste hotel é a sua localização. Ele é muito próximo da estação Termini, local que concentra os trens que partem para diferentes regiões da Itália e aeroporto, tem 2 linhas do metrô, tem a saída dos ônibus vermelhos que fazem o sightseeing (aquele tour com áudio guia e subidas e descidas ilimitadas) e é também uma estação rodoviária. Enfim, todas as formas de locomoção estão lá. Em várias fontes de pesquisa que utilizei o pessoal tinha certas restrições com relação a esta região, pela sua segurança. Realmente procede, mas nada que seja pior a qualquer grande cidade do Brasil, pelo contrário, me senti muito mais seguro por lá do que por cá. De qualquer forma, Roma não é tão elitizada quanto Paris, e a pobreza é um pouco mais evidente, mas nada que mereça pânico ou cuidados maiores dos que já estamos acostumados aqui. Próximo ainda tínhamos algumas atrações e restaurantes. Recomendo o hotel e a região.

Hotel
Aqui vale um adendo. A estação Termini é um lugar extremamente estratégico. Além de concentrar a maior parte dos meios de locomoção disponíveis na cidade, lá você tem muitas opções de comida, farmácias, lojas de souvenir, mercado... Lá também é um dos locais da cidade onde se pode adquirir o Roma Pass (www.romapass.it/?l=en), mas vamos falar um pouco sobre ele mais adiante. Agora, se você quer conhecer outras cidades da Itália, e quer utilizar uma forma diferente que não o avião, então é lá que tem de ir. São dezenas de plataformas ferroviárias, com trens aparentemente confortáveis e que partem a toda hora para vários destinos. Muita gente utiliza para um bate e volta a Nápoles e Pompéia. Se você, como nós, ficar próximo a esta estação, use e abuse dela. Do lado de fora existe um quiosque para informações turísticas e o guichê para compra do ônibus que faz o sigthseeing.

Termini
Roma é uma cidade relativamente pequena. Com muita disposição é possível percorre-la toda a pé. Mas isso é para os fortes, para nós, simples mortais, a tática é a mesma de Paris: metrô para as distâncias maiores e o velho e bom tênis para o resto. Além dessas duas e principais formas de locomoção, você ainda conta com os taxis, ônibus, carro alugado... Não há sistemas como o Velib ou o Autolib lá, mas existe a opção de bondes elétricos que percorre algumas ruas do centrão. Infelizmente (ou felizmente) eu só utilizei mesmo o metrô e o pé. Nem o Sightseeing que tanto gosto, não utilizei desta vez (www.city-sightseeing.com/tours/italy/rome.htm).

Com relação ao metrô, o número de linhas e a cobertura de lá é bem menor que a de Paris, mas nem por isso deixa de servir bem aos nossos propósitos. Em termos de estrutura física e conservação dos trens, não há o que reclamar. As pessoas também são bastante educadas, e o inglês e relativamente bem compreendido, apesar de que o italiano às vezes é bem compreensível também. A pobreza é mais perceptível, mas os pedintes não são agressivos e procuram não abordar muito os turistas. Não me senti inseguro ou ameaçado em nenhum momento. A técnica é a mesma de basicamente toda a Europa: Compre seu ticket escolhendo entre as viagens separadas ou para viagens ilimitadas por múltiplos dias (opção mais racional), escolha o local que quer ir, escolha a linha que lhe levará lá e embarque nessa...


Quer comer para abastecer antes da paletada (longa caminhada em baianês)?! Você está no lugar certo. Ô comida gostosa...!!! E farta também. O custo é muito menor que Paris e as opções são tão variadas quanto. A maioria dos estabelecimentos é pequenininha e alguns têm uma vista fantástica dos pontos turísticos. Em frente ao Coliseu mesmo, tem uma ladeira cheia de excelentes lugares para almoçar ou aproveitar o por do sol, comendo e apreciando a vista.

Sabe o que todo mundo fala sobre pizza e Itália?! Tudo verdade. Achamos uma pizzaria dentro da estação Termini... Comemos lá uma 4 vezes. Mas elas estão espalhadas por toda a cidade, em grandes pizzarias ou em pequenas birosquinhas. A massa é fininha e crocante, os sabores são os mais tradicionais (não, não tem catupiry lá), as fatias são quadradas, com muito recheio e um excelente molho.

Vai uma pizza aí?!
E as massas?!!! Hummmmm... Chega deu água na boca. São espaguetes, canelones, nhoques... Todas extremamente “al dente” e com opções de molho vermelho, branco e rose. Os pratos são fartos e as combinações infinitas. Vai resistir, vai?!

Uma massinha então?!
Em Roma também tem restaurantes estrelados pela Michelin (ver post de Paris). São 16 ao todo, sendo 1 de 3 estrelas, 2 de 2 estrelas e 13 de 1 estrela. Mais uma vez, metendo o pé na jaca, resolvi reservar um dos de 1 estrela. Pesquisando, encontrei um perfeito, que aliava uma boa comida com uma das mais fantásticas vistas de Roma. Seu nome?! La Terrazza dell’Eden (nome impactante e sugestivo né!). Ele fica no último andar do Hotel Eden, e este por sua vez, em um local mais alto da cidade. Pegamos o menu degustação de 6 pratos harmonizado com os vinhos. Eu sempre gosto de experimentar este tipo de menu, porque possibilita experimentar vários tipos de prato e liberar a criatividade do Chef. Geralmente esta combinação rende excelentes resultados. A comida é extremamente saborosa, o serviço impecável e a vista indescritível. Estes momentos são o que alegram e marcam as nossas vidas, não se prive disso. Sei que é um sacrifício financeiro, mas experimente e depois me diga se você se arrependeu.

O restaurante La Terrazza dell'Eden que fomos. Luuuxxxoooo...
E a sobremesa?! Adivinhem qual a outra especialidade italiana! S-O-R-V-E-T-E... Em uma palavra: Delicioso. Não vá pedir cajá, coco ou cupuaçu né! Mas um bom chocolate, morango ou flocos cai muito bem. Mesmo no frio tem que experimentar.


Os restaurantes, grandes ou minúsculos, estão espalhados por toda a cidade, mas ela também está repleta de deliciosos e variados trailers, barraquinhas e vendedores de rua. Use e abuse, pois a comida é deliciosa e eles estão sempre próximos aos pontos turísticos, proporcionando sempre uma energia extra para aguentar a maratona.


Se em Paris nós optamos por “esquecer” as compras, em Roma então nem se fala. A cidade em si não tem grande vocação para compras e os preços também são altos. Os 4 shoppings da cidade estão em regiões mais afastadas do centro. Também existe 1 outlet próximo, acessível de metrô ou ônibus (para mais informações dê uma olhada em www.mcarthurglen.com/it/castel-romano-designer-outlet/en/). Também podem ser encontradas uma série de lojas de marca na região da Piazza di Spagna. Nós ficamos nas velhas e boas lojas de lembrancinhas. Elas são milhares e espalhadas por toda a cidade, sem falar nos vendedores ambulantes. Pesquise e escolha a sua preferida. Sendo ou não católico, as lojas próximas ao Vaticano também rendem boas recordações.


Quer mais?! Acho que tá bom né! Pelo menos para começar. No próximo post: O que fazer em Roma.



Um comentário:

  1. kaka
    fiz justamente esta combinação, Paris e Londres, mas tb não gastamos com hospedagem em Londres por termos onde ficar,o q ajuda muito!
    bj

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