Com o aumento exponencial do valor das diárias de
hotel observado nos últimos anos, este talvez seja o tópico que ofereça o maior
trabalho para se conseguir economizar.
Mas seguindo algumas diretrizes básicas, dá pra
achar um bom lugar e reduzir os custos.
Vamos começar conhecendo um pouco dos tipos de
hospedagem que temos hoje e seus conceitos:
1- Resorts
– Trata-se do ápice da hospedagem no mundo. No seu conceito, o Resort deve
incluir uma mega estrutura. São várias piscinas, restaurantes, entretenimento e
animação, academia, kids club, spa... Eles são uma atração à parte. Muitos
chegam a ser o único ponto de interesse no destino de viagem e são capazes de
oferecer opções de entretenimento para, traquilamente, manter-lhe ocupado durante
toda uma semana. Local dos sonhos para muitos, os resorts despertam o desejo,
mas podem lhe levar a falência. Os mais famosos e cobiçados são de longe os
“All Inclusive”, por incluir todas as comidas, bebidas e entretenimento (é
claro que para fazer aquele passeio especial, comer aquela lagostinha pistola
ou beber aquele whisky 18 anos, você terá de desembolsar um adicional). As
diárias de um “resort de revista” podem ultrapassar fácil os US$ 800. É claro
que existem opções mais em conta (por volta dos 200 ou 250 dólares a diária),
mas aí vai estar mais para um resortinho do que para um RESORTÃO. Para quem
viaja com crianças ele pode ser a salvação, oferecendo horas de entretenimento
para os anjinhos, para que os pais possam encher o tanque na piscina (só não
esqueça de pegar o menino lá depois!!!). Já tivemos a oportunidade de ir em uns
2 ou 3. Vale muito a pena, agora eu sugiro que você só opte por este tipo de
hospedagem se realmente for aproveitar TODA a estrutura do local.
2- Hotéis
– Infelizmente não existe uma obrigatoriedade ou um entidade internacional que
uniformise a classificação de estrelas dos hotéis no mundo. Sendo assim você
pode reservar um de 3 estrelas e quando chegar no local encontrar um puxadinho.
Por isso é tão importante ver as opiniões e fotos dos que já se hospedaram por
lá em algum dos sites que fazem isso. Acho que todos já sabem, mas não custa
lembrar: eles são classificados em estrelas de 1 a 5 (hoje já existem alguns
que se entitulam inclusive 6 estrelas), sendo que o de 1 estrela é o mais
simples e o de 5 o mais luxuoso. Mas o que define esse “luxo” afinal?! Na maior
parte das vezes a diferença está na estrutura mais completa, na quantidade e
variedade de funcionários, no acabamento e tamanho do quarto, na qualidade da
roupa de cama e banho, na qualidade do restaurante ou academia, entre outros
detalhes. Então não espere chegar em um hotel de 1 estrela e encontrar um
mensageiro para pegar suas malas, um restaurante fino, elevador, serviço de
quarto, lençol e toalha egípcios de 15.000 fios... Sinceramente?! Pagar de 300
a 500 dólares pra ficar num 5 estrelas e ainda ter de pagar tudo à parte só pra
ir dormir é muito desperdício de dinheiro. Por outro lado, pagar 50 dólares pra
ficar em um de 1 estrela e sair cheio de pulga, além de ter de acordar pra
matar barata, também não dá. Sendo assim, concentre as suas buscas entre os de 2
a 4 estrelas. Você pagará entre 100 e 300 dólares pela diária e ficará bem
localizado e com o conforto necessário para um sono e um banho reparador, sem
exageros.
Atualmente surgiram algumas outras modalidades de hotéis com apelo
especial, a fim de atrair ninchos especiais.
Um deles é o hotel Boutique. Geralmente essa categoria abrange
estabelecimentos com poucos quartos e um serviço completamente diferenciado.
Começando pela decoração, com peças únicas e estilizadas, passando pelas roupas
de cama e banho, e finalizando com o serviço. Você se sentirá especial. Um
outro fato que caracteriza um Hotel Boutique é que seus quartos nunca são
iguais. Cada um deles tem a sua decoração e formato, alguns inclusive colocam
nomes neles ao invés de números. Infelizmente eles também são privilégio para
poucos. Como são lugares com poucos quartos, suas diárias podem facilmente
ultrapassar os US$ 400, mas se conseguir um preço bom não tenha dúvidas em se
hospedar lá.
Ainda nessa categoria de outros tipos de hotéis temos os Hotéis Fazenda.
O nome já define tudo. São um tipo de hospedagem para que gosta ou quer
experimentar a vida no campo. Eles têm toda a estrutura de um bom hotel, mas
com atividades específicas como passeios a cavalo, convívio com animais da
fazenda, muito verde...
Mais um exemplo são os Hotéis LGBT. Específicos, mas não restritos a este público,
geralmente eles estão localizados em regiões com opções de entretenimento
também bastante direcionadas. Muitas vezes estão em zonas privilegiadas da
cidade e podem ser uma boa opção caso você ou o dono do estabelecimento não
tenham preconceitos.
3- Pousadas
– Caracterizadas por uma estrutura menor que a dos hotéis, mas nem por isso
pior do que estes, constituem-se em um ambiente mais informal e acolhedor. Geralmente
localizadas em lugares que ainda não têm uma estrutura hoteleira bem montada,
elas podem estar localizadas na beira da praia ou no alto de uma montanha. Mas
não se engane. A depender da localização e da presença ou não de concorrentes,
seus preços podem ser tão ou mais altos que muitos hotéis. Não vemos muito este
tipo de hospedaria fora do Brasil. Nos EUA você tem os Motel’s que têm uma
estrutura muito semelhante a pousadas, diferente do significado que temos aqui.
No restante do mundo o que você pode achar de mais parecido são os Hostels
(vamos falar um pouco mais sobre eles abaixo).
Outra característica de muitas das pousadas é que elas são
empreendimentos domiciliares, ou seja, os donos vivem lá e alugam seus quartos
para os hóspedes. Vimos muito isso em Morro de São Paulo e Fernando de Noronha.
4- Hostel
– Muita gente acha que eles são o nome novo para os Albergues. Não deixa de ser
verdade. Eles são de muito baixo custo, hospedam muchileiros na sua maior
parte, tem quartos e banheiros coletivos, tem cozinhas para que você possa
preparar sua comida... Mas muitos deles não exigem a carteira de alberguista
para que você se hospede. Além disso, vários já disponibilizam quartos para
casais ou mesmo individuais. Já existem vários deles muito bem localizados. Não
há luxos, mas as diárias muitas vezes menores que US$ 50 podem valer muito a
pena.
5- Motéis
– Como eu falei acima, do jeito que você está imaginando, acho que só existe no
Brasil. O significado da palavra nada mais é do que a junção das palavras Motor
+ Hotel. Sendo assim, lá fora o Motel é um tipo de hospedagem para viajantes.
Apartamentos simples e pequenos, com estacionamento ao lado do apartamento e
muito prático. Mas eles não são encontrados apenas nas estradas. Hoje já
existem Motéis muito bem localizados em cidades com San Francisco, Miami...
Mas mesmo no nosso país ele não deixam de ser uma boa opção para
viajantes. Melhores do que muito hotelzinho de beira de estrada e já cobrando
por períodos de 12 horas, ou mesmo diária, podem ser uma ótima opção para
passar a noite. Sem falar que você pode unir o útil ao agradável...
6- Acampamento
– Seu estilo é aventureiro?! Gosta do ar livre?! Então acampar pode ser uma boa
opção. Mas não precisa exagerar indo montar sua barraca na areia da praia ou no
alto da montanha, sem nenhuma estrutura de suporte. Muitas cidades,
principalmente praianas ou em regiões de parques e montanhas, oferecem uma boa
estrutura para campistas, com restaurantes, banheiros, espaço de jogos e
lazer... Isso também se aplica aos Motorhomes e Trailers (aquele carro que parece uma
casa e aquela casa atrelada ao carro), que podem ser alugados nos EUA e que também contam com boas estruturas
de apoio em várias cidades.
7- Aluguéis
– Modalidade cada vez mais popular, com vários sites dedicados ao assunto. Se
você for passar períodos superiores a 5 dias no destino e vai com mais de 4
pessoas, esta pode ser uma excelente opção. O valor do aluguel de um
apartamento bem localizado dividido por 4 ou mais pode ser muito melhor do que
2 quartos de hotel. É claro que não há o conforto de uma arrumadeira (alguns até
oferecem o serviço) ou de um serviço de quarto, mas isso é o de menos. Tome
cuidado apenas com termos de contrato e com a instituição que fará a transação.
Pegue referências e opiniões na net antes de fechar. Atenção também à
necessidade de pré-pagamentos.
8- Troca
de casas e hospedagem – Também tem se tornado bastante frequente, com sites
dedicados em número crescente. Muito comum entre os mais jovens, principalmente
nas viagens de intercâmbio, têm se disseminado. Hoje você pode entrar em
contato com alguém do destino que quer conhecer e trocar de casa pelo período
que combinarem. Podem também simplesmente trocar hospedagens, sendo que um
período eles serão seus anfitriões no destino e no outro a situação se
inverterá. Interessante não é?! Mas também um pouco arriscado. Por isso é
importante utilizar o intermédio de um site já habituado a este tipo de
transação e com clientes bem cadastrados.
9- Na
rua – Aí também já é demais né!!! Mas, mais ou menos nesta linha, tem o pessoal
que viaja durante a noite para economizar uma diária de hotel. Isso é comum nas
viagens de trem pela Europa, mas se aplica também às viagens aéreas e
rodoviárias. Haja disposição para economizar!
Vamos ver agora quais seriam algumas das diretrizes
básicas:
1- Lei
das compensações – Se estiver em um lugar bom economizará nos custos de
locomoção. Se estiver longe economizará nos custos de hospedagem. É claro que
essa lei não é 100% exata, mas é mais ou menos assim mesmo. Pensando assim, se
você for a um lugar com boa estrutura de locomoção e seguro, não se preocupe em
ficar em um lugar muito central. Agora se estiver em um lugar sem opções de
transporte e inseguro, estar próximo das principais atrações é fundamental.
Vamos a exemplos práticos: Se ficar em Nova York ou Paris, não se
preocupe muito em ficar em lugares centrais como a Broadway ou Champs Elysees.
O sistema de metrô destas cidades é tão bom e barato, e a cidade é tão segura,
que pagar mais barato em um lugar mais distante, não fará muita diferença. Mas
para isso é preciso que você fique bem próximo a uma das estações do metrô.
Agora se você for a Bogotá ou Buenos Aires, onde o trânsito é pesado,
as outras opções de transporte não são tão boas e a segurança não é tão forte,
então pagar um pouco mais para ficar mais próximo das principais atrações, pode
ser bem melhor.
Eu prefiro sempre ficar mais próximo das principais atrações ou de
algum ponto de interesse, como um bom shopping, um parque, uma rua com bons
restaurantes... Desta forma sempre terei uma opção para a noite ou algum
momento em que estiver mais cansado.
Mas pra saber qual o melhor lugar para ficar é preciso que você reuna
o mínimo de informações sobre o destino que vai e, se possível, de múltiplas
fontes. Também é preciso que defina os seus interesses por lá.
2- A
importância dos sites de busca – Sem dúvida nenhuma, este é o ponto “X” da
questão. Sem estas ferramentas é totalmente impossível conciliar um bom lugar,
com uma boa hospedagem e um bom preço.
As ferramentas que mais utilizo são o Booking e o TripAdvisor. A
primeira pesquisa é sempre no Booking, pois ele têm um banco de dados muito bom
e me dá a opção de muitos filtros, como faixa de preço, estrelas, amenidades...
Além disso, permite a visualização das opções no mapa da cidade. Isso facilita
muito a busca por um bom local.
Após a busca, geralmente faço uma lista dos hotéis que mais me
interessaram e com as suas devidas faixas de preço. A partir daí começo a
lançar os nomes no TripAdvisor e ver suas cotações e opiniões dos hóspedes, assim como as fotos postadas por eles. O booking também tem a opinião dos hóspedes, mas eu
acho que seus comentários são muito mais superficiais que os presentes no
TripAdvisor.
Sabendo a localização do hotel, seu preço e a opinião dos hóspedes, aí
sim faço a minha escolha.
Agora volto a lembrar a você que, antes de fechar no site de busca,
procure pesquisar o preço no site do hotel também. Muitas vezes o preço é o
mesmo. Além disso você pode pesquisar vários tipos de quarto e pacotes, que
muitas vezes o site de busca não disponibiliza. Outra razão é poder negociar
diretamente com o prestador do serviço e não o seu intermediário, assim em caso
de cancelamento ou alterações na reserva é muito mais fácil de realizar. Já ví
relato de pessoas que chegaram no hotel e não tiveram a sua reserva feita pelos
sites de busca localizada ou garantida. Muitos resolveram ligando para eles,
mas já imaginou a dor de cabeça?! Mas existem também situações em que os hotéis
não oferecem a opção de reserva pela internet nos seus sites ou realmente o
preço no buscador é mais barato. Aí sim a reserva pelo buscador é melhor.
Os Blogs também oferecem muita ajuda com opiniões bem completas sobre
os hotéis em que os outores ficaram hospedados, além de falar sobre o destino.
3- Cuidado
com as regras da tarifa – Assim como no caso das tarifas aéreas, observe todos
os termos da tarifa a ser contratada. Geralmente as mais baratas exigem o
pagamento total antecipado e não dão direito a reembolso. Observe ainda as
tarifas que não estão inclusas no valor da diária. São taxas de turismo, taxas
locais, impostos... Pode parecer insignificante, mas em alguns lugares esses valores
podem aumentar em até US$ 20 o valor da diária. Portanto esteja atendo.
4- Abandone
o preconceito – Só gosta de hotéis de luxo ou de grandes redes de alto padrão?!
Então pode se preparar para deixar o valor de mais uma viagem no cartão de
crédito quando sair de lá.
O mesmo problema da ascenção dos preços, principlamente nos hotéis de
4 a 5 estrelas, fez surgir a concorrência de redes de menor expressão e outras
opções de hospedagem.
Particularmente eu gosto muito de algumas redes de um custo mais em
conta, como Ibis e Best Western por exemplo. Seus quartos são de certa forma
padronizados em todo o mundo e oferecem uma boa cama e um bom banheiro (itens
de 1ª necessidade em 99% das suas viagens). A falta de firulas que raramente
utilizamos, como piscina, academia, spa e outros, além da redução de
funcionários, faz com que as diárias possam tomar menores proporções.
A demanda por hospedagens mais baratas também fez aumentar bastante o
número de Hostels em várias cidades do mundo. Muitos com localizações
excelentes inclusive.
5- As
vezes o luxo é um “mal” necessário – Vai ficar em algum lugar sem tantas opções
de passeios?! Vai passar a maior parte do tempo no Hotel?! Nestes casos meu
amigo, um bom local pode ser a sua salvação. Quando fomos a Punta Cana por
exemplo, ficamos 7 dias e as opções de passeio não eram tantas assim e as
distâncias um pouco longas, com serviço de transporte escasso e caro. Sabíamos
que boa parte do tempo seria no hotel. É verdade que boa parte da hospedagem de
lá é em Resortes All Inclusive, mas ainda assim existem resorts e RESORTS.
Sendo assim optamos por um de médio porte digamos assim. Não podia ter sido
melhor. Havia 5 opções de restaurantes com excelente comida, entretenimento
todas as noites, Spa, academia, atividades durante o dia, opções de esporte....
Enfim, não houve um dia sequer de tédio e ainda aproveitamos bastante. Então,
se este for o seu caso, não se arrependa nem um instante em investir um pouco
mais na hospedagem.
6- Verifique
se fechar através de uma agência não é melhor – Mais uma vez vem a questão dos
bloqueios que as agências conseguem fazer, principalmente em períodos de alta
procura, pode fazer com que tenham preços bastante competitivos. Algumas vezes
existem também benefícios incluídos, como o translado ou algum city tour.
Pesquise.
7- Dê-se
alguns dias de glamour – Vai passar 5 ou 7 dias no destino?! Só vai ficar
ocupado uns 3 ou 4 dias?! Divida a hospedagem. Fique os dias em que estará mais
ocupado em um hotel mais barato e nos outros mude para um mais luxuoso, afinal
de contas você trabalha tanto pra quê?! Permita-se esse luxo, mas sem
extravagâncias é claro.
Mais uma vez lhe dou um exemplo. Quando fomos a Cancun, como existem 2
ou 3 passeios que ocupam o dia inteiro, fiquei no IBIS de lá nas primeiras 4
noites. Nas 3 restantes, em que não faria mais passeios, me hospedei no RIU
Palace, em sistema All Inclusive, onde pude viver 3 dias de rei. Curti bastante
e devo ter economizado uns US$ 1000 de hospedagem.
8- Maleabilidade
– Mais uma vez, esse princípio também se aplica aos hotéis. Alguns hotéis,
principalmente os executivos, tem as suas diárias reduzidas em 50% ou mais
durante o fim de semana. Sendo assim, se você pretendia viajar de segunda a
quinta, pense em mudar para de quinta a domingo.
Observe as promoções no site dos hotéis ou nas agências de turismo.
Alguns bons hotéis oferecem diárias a mais ou créditos para serem utilizados
durante a sua hospedager, caso permanece por um número “X” de noites. Por exemplo:
Fique 4 noites e ganhe a quinta; Fique 5 noites e ganhe US$ 200 em créditos
para utilizar no hotel; Fique 4 noites e ganhe free upgrade + jantar romântico
+ Late check out... Então, se pretendia ficar 3 noites, estique um pouco mais a
sua viagem para aproveitar os descontos.
Quer ficar em um hotel?! Seja maleável e procure outras opções de
hospedagem. Pode se surpreender tanto no valor quanto na qualidade do local.
9- Última
hora – Gosta de arriscar?! Gosta de viajar sem programação?! Alguns hotéis
fazem queima de quartos de última hora, principalmente em baixas estações ou
quando a sua ocupação está abaixo dos 60%. Pode-se conseguir excelentes
barbadas, mas isso demanda um certo trabalho e muita negociação. Acho que já
existem sites especializados neste tipo de informação hoje em dia, mas não
conheço nenhum.
10- Clubes
de Hospedagem – Prática muito comum
atualmente, estes prestadores de serviço cobram uma mensalidade e lhe oferecem
uma certa quantidade de diárias em hotéis no Brasil e/ou no mundo por ano. Algumas
das mais coinhecidas são a Montreal, Banstur e Bancobrás. Os discontos podem
chegar a 50 ou 60% a depender da época do ano. As opções são grandes e muitas
vezes em bons hotéis. Eu ainda prefiro não fazer, pois gosto de ter a liberdade
de escolha ao meu critério e geralmente você tem que pagar alguma diferença de
valor para ficar nos melhores lugares ou se quiser um quarto melhor que o
Standard. Mas pode ser uma excelente opção, principalmente se você não tem
disciplina para economizar e tem preguiça de garimpar o melhor lugar com o
melhor preço.
11- Tem
cara de pau?! Use-a! – Peça a tarifa mais barata. Peça o upgrade de quarto.
Peça o erly check in e o late check out... é difícil conseguir, mas com
jeitinho...
12- Clube
de fidelidade – Gosta de ficar hospedado naquele rede de hotéis?! Então não
hesite em se increver nos seus programas de fidelidade. Além de não ter custo,
esta é uma outra forma de conseguir um serviço diferenciado ou descontos. Early
check in, late check out e upgrade de quarto, são algumas das vantagens que
você pode ter. Diárias gratuitas e troca de pontos por produtos ou com outros
programas de fidelização, são outras excelentes vantagens. Quanto maior a sua
categoria, maiores os benefícios.
Chegou no Hotel?!
A primeira coisa a saber é o seu horário
de check in. Muitos estabeleceram o horário de 14 ou 15 horas para a entrada,
mas já existem alguns que colocam inclusive as 16 horas. É claro que isto não é
muito rígido. Muitos deles permitem que você entre mais cedo caso o seu quarto
já esteja disponível. Caso não seja este o caso, você tem a opção de fazer o
check in e deixar a sua mala em um local específico na recepção, assim pode sair
e retornar mais tarde para ir ao quarto. Os melhores hotéis oferecem drinks ou
descontos para contrabalançar essa sua espera.
Para fazer o check in é preciso
apresentar um documento de identidade (passaporte para os fora do país) do
autor da reserva e dos outros que também ficarão no quarto. Deixe-o à mão. Um
cartão de crédito (internacional para os de fora do país) para garantia da
reserva também é necessário, mesmo que você tenha pago integralmente a reserva
antecipadamente. Deixe também a mão algum comprovante da reserva, pois se a
recepção não conseguir localizá-la, você precisará dele. Na maioria dos locais
esse é um processo bem chato e algumas vezes demorado, mas em outros... Alguns
resorts fazem desse momento um ritual, oferecendo drinks de boas vindas e uma
verdadeira aula sobre o funcionamento e atrações do local. Em outros locais esse
procedimento é uma mera formalidade, tamanha a praticidade. Você chega e já
está tudo pronto. É só passar o cartão e assinar o papel.
Hospedado?!
Agora é hora de alguns cuidados de etiqueta para evitar situações chatas.
Agora é hora de alguns cuidados de etiqueta para evitar situações chatas.
1 – Seja discreto – Grande parte das
construções atuais, e nos hotéis mais ainda, as paredes são extremamente finas.
Muito poucos tem isolamento acústico. Alguns inclusive, permitem partilhar toda
a vida do seu vizinho. Sendo assim, procure ser discreto com o som da TV, com a
discussão da relação e com os sons de outro tipo de relação. Quando chegar com
a turma depois de uma noite de libação alcoólica, tente não falar alto nos
corredores ou vomitar nas áreas comuns. Manter trajes minimamente decentes
também é um bom conselho. Andar pelos corredores de biquini, sunga ou topless
pode gerar algum constrangimento para os papais, mamães e criancinhas presentes
no local.
2 – Seja bondoso – Esse é um hábito que
adquiri nas minhas viagens para fora do país e que tenho adotado sempre. Por
mais cara que possa ser a diária, procure reservar alguns trocados para as
pessoas que lhe atendem bem. Dar gorjetas, quando as pessoas merecem, é apenas
o reconhecimento de um bom trabalho. Concordo que isso não deveria existir, mas
essas pessoas geralmente ganham tão pouco e lhe atendem tão bem que não custa
nada. Geralmente eu sempre dou de 3 a 5 dólares ao carregador de malas, deixo 2
dólares por dia para a camareira, pago 10 a 15% ao garçom e arredondo para cima
as corridas de táxi. Mas também não saio distribuindo dinheiro na rua, apenas
recompenso as pessoas que prestam um bom serviço.
3 – Salve o planeta – Não é porque você
não está em sua casa que pode fazer coisas hediondas. Você troca de toalha todo
dia em casa? Você deixa as luzes acesas o dia inteiro? Você toma banho de 3 horas e 5 vezes por dia?
Você vandaliza e quebra tudo? Não se espante, pois isso não é incomum. E não é
uma exclusividade dos brasileiros. Pelo contrário, nós somos fichinhas perto de
alguns povos. Mas se você fizer a sua parte já está bom demais.
4 – É all inclusive, mas não é a última
refeição da sua vida – Se você é daqueles que quer tirar o dinheiro que pagou comendo
e bebendo tudo que passa pela frente, esqueça. É praticamente impossível fazer
isso. Nem os bulímicos conseguem. Abstraia o que pagou e divirta-se com
moderação.
5 – Problemas ?! – Posso dizer a você
que, se o local foi bem escolhido, a chance de se estressar durante a sua
hospedagem é em torno de 10 a 20%. A maioria é de muito simples resolução, mas
algumas podem lhe tirar do sério. Graças a Deus passamos por muito poucas
dessas. O segredo é sempre se direcionar a recepção e tentar agir com educação
e calma, falar sobre o problema e tentar resolver do melhor jeito. Não
conseguiu?! Procure a gerência ou a maior autoridade no local. Em 99% das vezes
resolve, mas nos outros 1%... Procure não andar armado. Não teve jeito?!
Retornando, vá nos sites de opinião e desça o pau (com perdão da má palavra).
6 – Curta um pouco – Pagou caro?! Está
em um bom hotel? Tire um dia ou pelo menos um turno para aproveitar um pouco da
piscina, academia, spa, restaurante... Sempre deixo para o último dia, a fim de
relaxar antes de encarar a viagem de volta.
7 – Missão de reconhecimento – Procure
conhecer o entorno do hotel, sondar bons locais para comer, localizar os meios
de transporte, procurar lugares bons para compras, checar a segurança...
8 – Veja os serviços do hotel – Na maioria
das vezes eles serão bem caros, mas você pode se surpreender com algumas coisas
que não são muito divulgadas. Por exemplo: alguns hotéis, principalmente os
mais próximos aos aeroportos, oferecem o transfer gratuitamente; Outros
oferecem transporte gratuito ao centro da cidade, a algum shopping ou
restaurante; Outros tem lavanderia self service; Outros oferecem descontos
em alguns serviços... Isso só para dar alguns exemplos. Pergunte. Poderá lhe
render boas surpresas e muita economia.
9 – Cuidado com os “all tudo” ou pensão
completa – É claro que ter tudo de graça ou poder fazer todas as refeições no
hotel é bastante cômodo, mas isso só se aplica para os lugares em que você não
tem opções. Se você vai passar o dia fora ou a cidade oferece excelentes
opções, fuja destes pacotes, pois eles custam caro e nem sempre valem tanto a
pena assim.
10 – Não é medo de altura – Se a sua
única vista será para a janela de outro hotel ou para um mar de concreto,
prefira os andares mais baixos. Você não sabe o tempo que pode ter que esperar
pelo elevador ficando lá na cobertura. Em horários de grande movimento dá pra
perder a paciência. Mesmo nos andares mais baixos, às vezes o elevador vai
chegar lotado, mas sempre haverá a opção das escadas. Ainda tem mais! Se faltar
luz ou o local começar a pegar fogo você estará a poucos degraus da
saída.
11 – Partilhe a sua experiência –
Gostou? Não gostou? Ajude os próximos viajantes e compartilhe a sua opinião
sobre o hotel e as atrações do lugar onde esteve, seja em um blog, no
TripAdvisor ou em algum outro site de opinião. Esta, que já é uma prática comum
lá fora, ainda não faz parte dos nossos hábitos, por isso é tão difícil achar
opiniões na nossa língua. Não seja preguiçoso!
Teve uma boa estadia?!
Que bom.
Agora é hora do check out.
O momento mais doloroso, caso você já
não tenha pago a estadia antecipadamente. No Brasil ainda tem-se aquele costume
de mandar alguém ao quarto para ver o que você consumiu no frigobar, se não
roubou os travesseiros ou toalhas... Mas lá fora pode ser um procedimento
extremamente e surprendentemente simples. Vários hotéis inclusive oferecem o
serviço de acompanhar a sua conta pela TV do quarto em um canal especial e
fechado. Ainda há o check out express, que lhe permite, ao concordar com o
valor final da conta, autorizar o débito no cartão de crédito cadastrado no
check in pela TV ou formulário específico. Aí é só deixar a chave em um local
específico na recepção e sair sem precisar dar satisfação a ninguém. Depois
você receberá sua nota fiscal por e-mail. Genial isso, não é?!
Se você quer curtir o hotel ou seu
quarto até o último segundo, tenha cuidado. Geralmente a partir das 10:30 ou
11:00 horas eles bloqueiam a chave, então, se você não estiver no quarto, terá de
ir a recepção para desbloqueá-la e ser advertido de que já está na hora de sair.
Seu voo é mais tarde? Não tem o que
fazer?! Uma boa conversa com a recepção ou com o gerente pode render um late
check out gratuito. Se o hotel estiver vazio ou você tiver o programa de
fidelidade deles fica mais fácil ainda. Não rolou?! Ainda existe a possibilidade de
negociar meia diária ou algumas horas a mais por pequenos valores. Melhor do
que ficar várias horas sem fazer nada no aeroporto. Já estourou o limite dos
gastos?! Aí meu amigo, sua última opção é deixar a mala no maleiro do hotel (é
de graça!) e sair pra matar o tempo em algum lugar. Nada disso lhe agradou?!
Então vá ao aeroporto e fique a ver aviões...
Acho que é isso aí gente.
Dúvidas?! É só perguntar abaixo.
No próximo episódio vamos falar sobre
dinheiro e planejamento financeiro.
Até lá...