segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Agora no Face!!!

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Na Califórnia é diferente irmão! – Chegando e Saindo.


Após um longo e tenebroso inverno sem posts voltaremos com força total (pelo menos eu espero que sim!).

Iniciaremos com este post o relato da nossa última viagem que foi pelo estado da Califórnia nos EUA.

Nosso roteiro se iniciou por San Francisco e foi até Los Angeles passando 2 dias no volante percorrendo a estrada US1, uma das estradas cênicas mais espetaculares dos EUA.

Essa viagem foi realmente especial. A começar pelo preço que consegui.

Mais ou menos em abril, estava eu na madrugada divagando na Net quando surge um alerta de promoção do MelhoresDestinos com passagens saindo de salvador pela American Airlines por 650 reais.

Isso mesmo!!!

É claro que a esmola não vem completa, pois a passagem era para Atlanta. Mas pagar 1500 reais o casal!!! Podia ser até para o Alasca, e de ônibus...!

Outra coisa boa era que existiam conexões largas, de cerca de 12 horas em Miami, na ida e na volta. Ou seja, dormiríamos 1 noite na ida e passaríamos o dia inteiro na volta. Muito bom pra descansar e para fazer as últimas comprinhas antes de voltar.

Nós seguimos por Atlanta, mas existem inúmeros voos saindo de Miami e de muitas outras cidades norte-americanas. Os voos do Brasil para a Califórnia não são diretos, geralmente fazem conexões em outras cidades dos EUA, no caso das companhias americanas, ou em cidades como Panamá e Colômbia, no caso da Copa e da Avianca, respectivamente. Mas eu ainda acho mais simples e tranquilo entrar por Miami (acho que já deu pra notar que eu adoro essa cidade).

Bom. Já descrevi uma vez como é esse voo da American de Salvador a Miami, mas não custa repetir. O avião é um pau de arara!!! Só falta a aeromoça anunciar: Favor alocar suas galinhas e porcos nos compartimentos acima dos seus assentos ou abaixo do assento à sua frente... Ô voozinho desconfortável! Mas vamos lá. Estamos indo pro paraíso mesmo... Vale o perrengue do transporte. Mas que eles podiam dar uma melhoradinha, podiam!

O voo foi aquela coisa super básica. Uma aeromoça que falava português apenas, TVs apenas no corredor com programação escassa e sem áudio (o sistema de som deu pau – mas foi ótimo para exercitar a leitura labial – o fantástico vai me contratar na próxima), comidinha sem muitos atrativos... Pouco mais de 8 horas de viagem toleráveis.

Esse é 1 dos motivos pelos quais vale a pena parar uma noite em Miami. Outro motivo é poder pegar um show, ou jogo de basquete ou... O voo chega lá por volta das 17:30 – 18:00 horas, mas não se esqueça de toda a burocracia da imigração, trânsito e etc. Geralmente você conseguirá se safar lá pras 20 horas.

Vamos relembrar um pouco os trâmites imigratórios agora. Miami ainda é um dos lugares mais tranquilos para se entrar nos EUA. Primeiro eles “adoram” os brasileiros, depois muitos funcionários da imigração falam espanhol e até português! Não precisa nem dizer que estar com o passaporte e o visto em ordem são pré-requisitos básicos. Seu passaporte tem de estar a pelo menos 6 meses da data de expiração. Se ele já expirou, mas o seu visto está nele, leve-o juntamente com o novo (Não rasgue a folha do visto ou faça qualquer outra coisa estúpida, pelo amor de Deus!). Não se preocupe muito com as perguntas, procure apenas estar tranquilo e ser sincero. Só seja brincalhão se o funcionário for com você. As perguntas são as básicas: quanto tempo, qual sua profissão, qual objetivo da viagem, quanto de dinheiro está levando, tem algum parente morando lá, onde vai ficar... Raramente eles pedem alguma documentação comprobatória, mas é sempre bom deixar a mão algum documento que comprove seus laços com o Brasil e sua não intenção em permanecer por lá (imposto de renda, registro de imóvel, carta do seu empregador,...). Terminadas as perguntas o seu passaporte é carimbado com a data limite em que você poderá permanecer lá, suas digitais são escaneadas e uma foto é tirada. Nesta etapa você não entregará o formulário de imigração que recebe no avião.

Ufa! Consegui passar!!! Estou na terra do tio Sam!!!

Calmaaa...

Você ainda terá de passar com suas malas pela segunda fase da imigração.

Após sair da primeira etapa você estará na área de embarque do aeroporto de Miami. Olhe para o alto e siga a placa Baggage Claim. É lá que suas malas estarão. Algumas vezes você terá de pegar um pequeno trem de superfície para chegar até lá. Não se assuste. Chegando na área de bagagem procure nos monitores em qual esteira estão as do seu voo. Na maior parte das vezes elas já estarão fora da esteira esperando por você. Pegue as suas e siga para a saída. Lá você passará pela segunda parte da imigração. É aí que você tem que entregar o formulário preenchido no avião. O funcionário lhe fará mais algumas perguntas, principalmente sobre alimentos e dinheiro. Se ele acreditar em você as portas do paraíso se abrirão. Se ele não acreditar, vai lhe mandar pra passar pelo Rx. Aí meu amigo... Se acharem aquela cocaína que você está levando para algum amigo ou aquela bomba preparada para algum atentado... Só lamento por você.

Se você tiver uma conexão larga como a nossa, existe um hotel dentro do próprio aeroporto (Carooo!!!) ou vários outros próximos. Alguns com o transfer incluso na diária. Como temos onde ficar, conseguimos economizar uns bons trocados.

De Miami existem inúmeros voos de várias companhias para diversos destinos da Califórnia, mas como a nossa passagem era para atlanta, seguimos viagem na manhã seguinte.

Esta segunda parte do voo foi por uma companhia que ainda não tinha voado, a American Eagle. Esta é uma companhia como a nossa Passaredo ou a Trip. Ela faz voos de curto trajeto, ligando cidades menores e em aviões turbohélice de pouca capacidade. O voo foi rápido e também simples. Praticamente não existe serviço de bordo e absolutamente nenhum entretenimento.

O aeroporto de Atlanta é GIGANTESCO, mas relativamente fácil de se entender. Ele é como se fosse uma espinha de peixe. Em uma das extremidades é o terminal doméstico e na outra é o internacional. Entre eles existem 4 terminais ligados por um trem subterrâneo. Tudo é muito bem sinalizado, tornando fácil se achar no meio de tamanha imensidão. A Delta domina praticamente 80% do movimento do aeroporto e de lá partem voos com os mais diversos destinos, do Japão à Europa.

Consegui um bom voo direto para San Francisco no mesmo dia, mas, por precaução, peguei o intervalo de 6 horas entre a minha chegada e a partida para SanFran. Isso não chega a ser um problema no aeroporto de Atlanta. São tantas as opções para uma boa refeição, ou compras... Existe até mesmo uma opção se o seu negócio é tirar um cochilo, é o Minutes Suites (minutesuites.com). Ele fica localizado no Concourse B e nada mais é do que pequenas cabines equipadas com um sofá-cama, televisão e internet. Muito bom e silencioso para um repouso (utilizei em outra viagem que fiz a Atlanta, mas isso é pra outro relato).

A Delta é uma boa empresa, pontual, com bom atendimento... Mas, infelizmente, seus voos não são muito diferentes dos demais. Existe um diferencial que é o de oferecer acesso wi-fi dentro da aeronave, mas o seu custo de 14 dólares por 2 horas é bem salgadinho. Todos os voos internos nos EUA não oferecem serviço de bordo gratuito, mas existe um cardápio com boas opções, como café Starbucks, e por valores que não são muito diferentes dos que você pagaria no aeroporto. O padrão da aeronave é o mesmo das nossas empresas nacionais.

O aeroporto de San Francisco fica a beira mar e também é bem grandinho. Como todos os dos EUA (pelo menos todos pelos quais passei) você desembarca na área de embarque e segue as indicações para pegar sua bagagem. Muitas vezes a própria aeromoça indica a esteira onde estarão as bagagens quando o avião está taxiando. Após pegar as malas é só seguir a indicação para a área de transporte. Lá estarão a sua disposição os táxis, transfers, ônibus de alguns hotéis... Existe também uma estação do metrô, mas que lhe levará somente até o centro. Infelizmente não poderei dar maiores detalhes deste aeroporto, pois só desembarquei nele e, como estava ansioso para chegar ao hotel, após pegar minhas malas, peguei o táxi e me mandei.

Na volta embarcamos pelo aeroporto de Los Angeles. Também não lembro muito dos detalhes deste aeroporto, mas não tivemos maiores problemas para embarcar em um novo voo direto pela Delta. Ele fica bem distante do centro da cidade, praticamente a beira mar também. Lá as coisas também são meio megalomaníacas, vários terminais e companhias aéreas de todo o mundo, então vale a pena chegar um bom tempo antes do voo.

Mais uma vez, antes de chegar a Miami e poder retornar ao Brasil, dormimos 1 noite em Atlanta, pois nosso voo chegaria próximo as 10 h da noite e embarcaríamos às 06:40 h da manhã. Isso não chega a ser um problema pois existem vários hotéis muito confortáveis próximos ao aeroporto. Um fato curioso é que a temperatura em Atlanta naquela noite era < 10 graus centígrados. Tá bom, estávamos muito próximos ao início do inverno, mas a Georgia é só um pouquinho acima da Flórida!!! Pior ainda. Quando acordamos às 05 h da manhã pra ir embarcar estava fazendo – 2 graus!!! Derrepente começa a chover. Mas não demorou muito e a chuva virou neve!!! Isso mesmo. Nevou em Atlanta!!! Muito Lindo...

Chegamos em Miami quase as 09 h e embarcaríamos para o Brasil às 23:00 h. E agora?! O que fazer nesse tempo?! Você pensou em fazer compras....?! FOI EXATAMENTE ISSO QUE FIZEMOS!!!!

Bom. Antes de falar da epopeia que foi a volta, vamos falar sobre algumas curiosidades dos aeroportos dos EUA. Tudo lá é muito prático. Você mesmo abastece seu carro, pode pagar as coisas no supermercado sem passar pelo caixa... No aeroporto não é diferente. Assim como temos as nossas máquinas de check in aqui, eles também tem lá. A diferença é que lá existe a opção (em algumas companhias e aeroportos) de você mesmo imprimir a sua etiqueta de bagagem e etiquetá-la, o que torna o processo de check in extremamente ágil, sendo que o funcionário só irá pesa-la antes de despacha-la. Mas não se esqueça que todas as malas despachadas são pagas para os trechos internos, e o seu valor é de 25 dólares para a 1ª bagagem. Você deve obedecer o tamanho padrão e peso até 23 kg, sendo o valor crescente conforme o número e peso das bagagens. Não fique confuso ao sair do avião e se deparar com a área de embarque, pois lá é assim mesmo. E como os aeroportos são gigantes, geralmente você terá de caminhar muito para achar as suas malas, que geralmente já estará até fora da esteira lhe esperando tamanha a demora pra você chegar. Tudo é muito bem sinalizado, algumas vezes até em espanhol, então é só seguir as placas. Sabe aquela confusão toda pra embarcar?! Lá é igualzinho, só que um pouco mais civilizado. Contenha o seu instinto assassino e tenha calma. Olhe o grupo de embarque que está na sua passagem e aguarde ser chamado. Fique de olho nos monitores pois mudanças de porta de embarque não são incomuns. Não perca muito tempo nas áreas de check in para comer ou fazer compras. Despache a sua mala e siga logo para a área de embarque. Você não acreditará o quão demorado pode ser e quanta burocracia pode-se ter para passar por um Rx, na verdade um scaner corporal. Procure já ir sem cinto e colocar sua carteira, celular, mialheiro, cofrinho... na mala de mão. Tire ainda o casaco, o chapéu e os sapatos. Obedeça as indicações dos oficiais (que não são um poço de simpatia) e prepare-se para ter toda a sua intimidade revelada. Não esqueça que líquidos com mais de 100 ml irão para o lixo, assim como sprays e qualquer outra coisa que possa parecer suspeita. Todos os aeroportos têm sites extremamente informativos, com mapas, serviços, direções e muitas outras informações extremamente úteis. Não deixe de dar uma olhada neles antes de viajar.

Agora vamos a nossa aventura da volta. Antes, gostaria de advertir que isso não é uma história de ficção. Surpreendentemente embarcamos no horário para o voo de volta no ônibus da American Airlines. Todos ocupando seus lugares, com suas galinhas importadas desta vez. Prontos para partir?! NÃO. Comandante: “Senhores passageiros. Teremos de trocar o computador de navegação da aeronave que foi pro saco. E isso levará provavelmente toda a eternidade. Enquanto isso peço que fiquem sentados sem fazer absolutamente nada.” Ok. Talvez não tenham sido exatamente essas palavras. Mas foi algo muito próximo. Foram 1:44 min até conseguir consertar o bichinho. Mais alguns minutinhos pra re-abastecer a aeronave... Prontos?! NÃO! Depois da aeromoço colocar pela 8ª vez as instruções de segurança, eis que surge um filho do capeta de seus 11-12 anos e começa a fazer um escândalo, dizendo que não ia decolar, que queria falar com o comandante, que queria que abrisse a porta, que ia morrer... Nessa última quase que ele acerta. A sorte dele é que meu cinto de segurança estava afivelado e travado. O bom é que a aeromoça não entendia nada que ele falava (não havia legenda em inglês) e seguiu com o taxiamento da aeronave. Que bom meu Deus, estávamos no ar... Pude enfim cochilar em paz. Pelo menos até a hora que fui despertado pela aeromoça para por meu assento na posição vertical, pois iríamos pousar. Que bom. Já chegamos!!! Nem senti! Eis que olho para o relógio e vejo que só havíamos voado 3 horas. Quando chegamos ao solo, ainda à noite, as placas do aeroporto todas em espanhol. Meu Deus fui abduzido!!! O avião quebrou novamente?!!! Cheguei no céu paraguaio?!!! Nada disso. Paramos em San Juan – Porto Rico pra desovar um cidadão que incorporou um caboclo maldito e estava ameaçando a tripulação e alguns passageiros. Mais 2 horas até despachar a criatura, preencher papéis, por combustível na aeronave... Mais uma vez no ar, esperando que o ebó que fiz no banheiro exorcisasse todas as demais entidades presentes naquele voo. Acho que deu certo, pois conseguimos chegar a Salvador 5 horas após o horário previsto (minha mãe já estava providenciando o velório). Pra fechar com chave de ouro, a loira má da polícia federal acordou com o encosto do cara do avião, e tava abrindo a mala da galera todaaaa... Ainda bem que eu peguei a fila de bens a declarar...

Bom. No fim tudo acabou dando certo. Graças a Deus. A viagem valeu muito a pena e essa é mais uma história para contar e dar risada.

No próximo ano seguiremos com nossa viagem falando sobre onde ficar.