quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Paris parte 3: O que fazer?



Acho que esse assunto poderia render um livro inteiro. É impressionante a quantidade de história que essa cidade guarda, seja nos seus museus, seja na própria rua (nos edifícios, nos monumentos...). Como disse antes, é praticamente impossível ver tudo. Sendo assim priorize o que você gosta.

Nós ficamos 8 dias no total, mas em 3 deles eu tinha um congresso, então tinha de me virar nos primeiros 4 dias efetivos, já que no 1º dia só chegamos lá à noite. Fizemos a nossa programação o mais racionalmente possível, tentando aproveitar o máximo. Como fomos em maio, lá era primavera e o sol se punha em torno das 20:30 h, então procurávamos ir nos locais fechados, que tinham hora para abrir e fechar, no horário útil (das 8 às 18 horas) e nos lugares abertos após esse horário, aproveitando o restinho de dia. Reservamos o jantar como a nossa refeição principal, pelo mesmo motivo: otimizar o tempo com um almoço rápido e geralmente próximo da atração que estávamos ou que íamos. Procurei tirar compras da minha lista, primeiro porque gasta muito tempo e depois tinha o peso da mala, e como já tínhamos ido a Orlando, também descartamos a Euro Disney. Dividimos a cidade em regiões de interesse e procurávamos fazer o trajeto até lá de metrô e o restante a pé.

Como em NY, apesar das mesmas opiniões divergentes, optei por comprar o Paris Pass (www.parispass.com). Além de acesso a uma boa parte das atrações, eles ainda fornecem o Paris Visite (aquele passe ilimitado para os meios de transporte) para as zonas 1 a 3, o Museu Pass (que você usará para entrar nos museus) e incluem ainda entradas para o passeio de barco pelo Sena com o Bateux Parisiens, 2 dias de Les Cars Rouges e uma degustação básica de vinhos no Ô Chateau. As filas para compra de ingresso e para entrar em alguns lugares podem ser bastante grandes. Em algumas atrações existe uma fila expressa para quem tem o Pass. No Louvre, por exemplo, pode lhe poupar minutinhos cruciais. Também acaba sendo mais confortável já ir com os ingressos pagos, pois é uma dor de cabeça a menos ter de ficar calculando o dinheiro pra ver se vai dar. Optei pela entrega aqui no Brasil e chegou sem maiores problemas. Achei que era custo efetivo, mas a mesma observação do NY pass, vale aqui: existem dias em que os museus são gratuitos, existem opcionais que o Paris Pass não inclui... Então entre no site e veja se vale a pena pra você ou não.

Vamos então ver um pouco do que fizemos, dividindo por dia:

1º dia – Como chegamos ao hotel já próximo ao por do sol, deixamos as malas no quarto tomamos um banho rápido e fomos pra o ponto mais próximo de onde estávamos: A Torre Eiffel. É impressionante saber que inicialmente a maioria dos moradores achara aquilo tenebroso e queriam a sua derrocada. Não havia melhor forma de começar uma viagem a Paris. É uma imagem impressionante. Não existem fotos que possam traduzir a intensidade deste momento. Você e aquela imponente estrutura, com mais de 120 anos de existência e maior símbolo da França. Quem já esteve aos pés do Cristo Redentor, sabe do que estou falando. Chegamos já no crepúsculo, então tivemos a oportunidade de vê-la com e sem iluminação. Após alguns minutos embasbacados com aquela visão fomos explorar um pouco a região ao redor. De um lado você tem a visão do Trocadero após uma ponte e do outro o Campo de Marte. Decidimos ir em direção ao segundo, pela concentração de pessoas. Já era noite e de repente ouvimos aquele “Ahhhhhhhhhh”. Quando viramos  era a torre que piscava freneticamente com milhares de luzes azuis. Que espetáculo fantástico! Ele acontece de hora em hora e dura alguns minutos. Impressionante ver todos de olhos fixos e maravilhados. Seguimos então em direção a escola militar observando as pessoas e curtindo um pouco daquele momento. Esperando cair a ficha que estávamos em Paris. Tiramos fotos da escola e do Le Mur Pour La Paix (o muro pela paz), monumento com inscrições em 49 idiomas pedindo pela paz. Na volta paramos mais algumas vezes para ver o show de luzes da Torre e ver as pessoas sentadas na grama conversando, fazendo piquenique... Enfim, tudo o que você jamais imaginaria fazer aqui. Ficamos ainda mais alguns instantes buscando novos ângulos da Torre e depois seguimos felizes da vida de volta ao hotel.
– Mas vocês não subiram na torre?!!!
– Não.
– Por que?!!
– Primeiro porque só havia 1 elevador funcionando, então você já imaginou a fila. Segundo porque já iríamos subir no segundo dia devido o nosso jantar.
– Mas não podia ir pela escada?!!
– Vai tu!!!


Crepúsculo
À noite
Olha o pisca pisca aí!
Escola Militar
As 2 beldades de Paris

2º dia – Acordamos cedo para pegar o horário de abertura do Museu D’Orsay. Pegamos o metrô e em pouco tempo estávamos lá. O museu está localizado em uma antiga estação de trem reestilizada, e possui um acervo de obras fantásticas. São esculturas e pinturas que compreendem um período mais recente da história (1840 pra cá). Entre os grandes artistas que figuram naquelas paredes estão Cézanne, Delacroix, Gaudí, Van Gogh, Matisse, Monet, Renoir, Rodin, Gauguin... Entre tantos e tantos mais. O prédio em si, já é um espetáculo a parte. Não é permitido tirar fotos, mas no último andar existe um mirante onde você poderá tirar fotos panorâmicas do museu. Para comer também não fica atrás. Tomamos café no térreo em uma pequena cafeteria, e no último andar tem um restaurante super estiloso. Ambos muito bons. Saímos um pouco depois das 12 horas e seguimos em direção aos Inválidos.

D'Orsay do mirante

Não é lindo?!

A mais bela peça.

Aqui vale um adendo: em Paris (como em qualquer lugar do mundo) existem algumas pessoas mal intencionadas que tentam aplicar golpes nos turistas, e muitos deles ficam próximos ao D’Orsay. Quando estava saindo do museu fui abordado por uma senhora idosa que pegou um anel bem grosso e dourado, como se fosse de ouro, e começou a dizer que era meu e insistir para que ficasse com ele. Como já havia lido em algum site sobre esse golpe do anel, recusei e me afastei. Quem foi vítima diz que ela cobra uma recompensa pelo achado e o que o anel é de latão. Como esse, existem vários outros golpes, então fique ligado.

Bom, após uma caminhada de uns 15 a 20 minutos apreciando a paisagem às margens do Sena, chegamos a Esplanada dos Inválidos. Ao fundo da esplanada está o grande prédio de mesmo nome, construído originalmente para abrigar os inválidos do exército de Luis XIV, hoje funciona como uma tumba para militares ilustres e também abriga vários museus. Entre os ali sepultados está nada mais nada menos do que Napoleão Bonaparte, que repousa em seu suntuoso mausoléu sob a cúpula de ouro da catedral Saint-Louis-des-Invalides. Entre os museus estão o da Ordem da Liberação, o da Armada e o de Planos e Relevos. Fomos a todos os museus, de forma rápida, mas passamos por todos. No de Planos e Relevos estão maquetes com simulações de cenas de guerra, de palácios e desenhos cartográficos extremamente antigos. O da Armada se funde com o da Ordem da Liberação e eles contam a história das guerras, com fotos, vídeos, jornais da época e materiais utilizados, como canhões, carros blindados, armamentos... Extremamente interessante se você pretende conhecer um pouco dessa história mais de perto e com várias formas de interação por áudio, vídeo e leitura. Mesmo que você vá só fazer uma visitinha a Napoleão, a parada é obrigatória.

Inválidos.
Capela
Minha senhora e o velho Napa ao fundo
Napa está aí dentro
Saímos de lá por volta das 15 horas. Se você, como nós, entrar pela esplanada e sair pela catedral, é só virar à esquerda e seguir a rua beirando o muro dos Inválidos, que em 5:23 minutos chegará a entrada do Museu Rodin à sua direita. Está é outra parada obrigatória. Pra quem não sabe, Rodin foi um dos mais renomados escultores do século XIX, mas ele também desenhava e pintava. Este museu divide as obras entre o interior de uma grande casa e o seus jardins. Nele você poderá ver algumas das obras mais renomadas do escultor: O Pensador, O beijo e A Porta do Inferno. Mas também poderá ver algumas gravuras, pinturas e esboço das suas esculturas. Como curiosidade, você verá que a estátua original de O Pensador tinha aproximadamente 45 cm. O tamanho com que é vista atualmente foi uma obra posterior. Pare um pouco e aprecie a expressão facial e os detalhes da obra. Não sou o grande fã dessas coisas, mas a obra do cara é fantástica. Não gostou de nada?!! Então só caminhe pelos jardins. Eles já valem a entrada.

O museu visto dos jardins
O famoso Pensador
Olhe a perfeição

A obra prima

Às 17:00 h ainda dava tempo de visitar algum lugar. Pegamos o metrô e seguimos em direção a Ile de la Cité. Após um breve passeio pelas redondezas seguimos a atração mais famosa do local: a Catedral de Notre Dame. Em estilo gótico, na mais fiel representação do estilo, é uma das mais antigas catedrais da França (sua construção se iniciou em 1163, acredita!!!). Ela foi palco de eventos importantíssimos daquele país, como a beatificação de Joana d’Arc por exemplo. Toda essa história pode ser sentida naquelas paredes, naqueles vitrais, naquelas imagens... Acho que se parássemos para admirar todos aqueles detalhes, seríamos capazes de passar um ano inteirinho, sem parar pra dormir. Religioso ou não, católico ou não, não deixe de fazer uma visita, comprar uma das velas e acende-las em homenagem a toda aquela história ali impregnada. Na saída, atravessando a ponte em direção ao metrô, ainda passamos por um mercado de pulgas super legal.


A catedral por fora...
...e por dentro
Seus vitrais
Ascenda e faça um pedido

Acho que por hoje já deu né?!!! Que nada...!!! Voltamos ao hotel e nos preparamos para o nosso primeiro grande jantar. Um blazer básico pra mim e um longo para a dama, e lá fomos nós mais uma vez em direção a Torre. Com o papel da reserva em mãos, fomos ao quiosque do restaurante e pegamos os tickets para pegar o elevador expresso ao restaurante. Subimos ao primeiro andar e observamos o sol se pondo com a linda vista do Trocadero de um lado e do Campo de Marte do outro. Após um belo jantar ainda podemos ver o espetáculo das luzes da Cidade Luz. Não havia melhor forma de terminar um grande dia. Voltamos ao hotel realizados e prontos para o dia seguinte.

3º dia – Mais uma vez um despertar cedinho para mais um grande dia. Para começar nossa programação fomos a estação do RER e seguimos em direção a Versailles. Se não me engano pegamos o RER C e desembarcamos na penúltima ou última estação (cuidado porque o RER C tem várias linhas diferentes. Pegue a com o nome Versailles no trem). Ela é muito próxima do palácio. É só seguir as indicações ou fluxo das pessoas. Para que não tem ingresso, ele pode ser adquirido em umas lojas logo após a saída da estação do metrô ou no próprio palácio. No site do palácio (en.chateauversailles.fr/homepage) você também consegue compra-lo. O Paris Pass dava acesso ao palácio, mas não aos jardins, e não havia fila de entrada expressa, mas como chegamos bem cedo a quantidade de pessoas ainda era pequena. Devemos ter demorado uns 30 a 40 minutos para entrar. Na fila já dava para ter noção da grandiosidade do lugar, pois logo na entrada havia um grande portão de ouro minunciosamente trabalhado e brilhando intensamente sob o sol. Após uma revista rápida e passar seus itens de mão pelo Rx, tivemos acesso ao Royal Courtyard. O palácio tem a forma de uma letra T invertida, sendo assim, olhando em direção ao prédio do fundo, você terá um grande pavilhão de cada lado. Cada um deles tem 2 andares. Comece pelo prédio da sua direita e siga em pelo seu interior em direção ao do centro e depois o último da esquerda. Talvez esse seja o fluxo mais racional. Neste primeiro pavilhão você deverá visitar a fabulosa Capela, a galeria com obras do século XVII e a Ópera. Infelizmente a capela só pode se vista de longe, o acesso a ela era fechado. Observe a pintura no teto e o enorme órgão de tubo acima da nave central. Na galeria observe as cenas pintadas nas telas, até chegar à majestosa Ópera. Volte e vá em direção ao prédio central. Comece pelo andar de cima e vá caminhando pelos diversos salões suntuosos. Tente observar a riqueza dos detalhes, as pinturas... Atravesse os salões de Hércules, Vênus, Marte, Apolo... Chegue ao salão da guerra e se prepare para adentrar ao indescritível Salão dos Espelhos. Em uma palavra: Majestoso. Totalmente trabalhado em ouro e com espelhos rudimentares, mas que demoravam até 5.000 horas para ficarem prontos e custavam mais do que o próprio ouro. Observe os lustres, as pinturas, as esculturas, a vista dos jardins... No centro do salão está os aposentos do Rei, igualmente majestoso. Não tenha pressa. Seguindo-se a ele virão mais alguns salões e o quarto da Rainha. Passe por todos eles e siga em direção a Galeria das Batalhas, localizada no último pavilhão. Gigantesca, ele retrata, em enormes pinturas, as cenas de diversas das batalhas travadas e “Todas as glórias da França”. Mais uma vez, não tenha pressa. Em todo o trajeto existem bancos onde você pode sentar e repousar um pouco. Uma garrafinha de água também vem bem a calhar. Terminando esta galeria você sairá nos jardins.


Eis o pequeno palácio
Uma das centenas de estátuas
Joana D'Arq
Uma das centenas de pinturas
O imponente Salão dos Espelhos
Galeria das Batalhas
Como eu falei, os jardins são considerados uma atração à parte, portanto exigem um ingresso só para eles. Nem pense duas vezes. Pague sem hesitar. Se para ver com cuidado todo o palácio você levaria um dia, para ver todo o jardim você levaria 1 semana. Que lugar esplendoroso e megalomaníaco. São dezenas de fontes e esculturas espalhadas por bem cuidados jardins, alguns em formato de labirinto. Isso sem falar nos enormes lagos e espelhos d’água. Não deixe de ver a Orangery, o Lago de Netuno, o Jardim do Rei, o Obelisco... Em frente ao Jardim do Rei, não perca o espetáculo das fontes dançantes no Lago Espelho. Acho que existem outras fontes dançantes, mas sem dúvidas esta é a maior. Siga em direção ao Le Grand Canal e pare no Lago de Apolo para observa-lo emergindo das águas em sua carruagem. Na região do Le Grand Canal você tem a maior variedade de atividades, você pode andar de pedalinho, andar a cavalo, alugar carrinho elétrico... Há também uma boa variedade de restaurantes (nós almoçamos uma excelente massa no La Flotille). Nesta região você precisará novamente do seu ingresso, pois você passa pelo portão dos fundos do Palácio, digamos assim. Ou seja, a região do Le Grand Canal já é fora dos jardins do Palácio.

O Palácio visto dos Jardins
Orangery
Royal Pathway
Uma das esculturas



Se você seguir a sua direita nesse ponto irá em direção a dois outros palácios, o Le Grand Trianon e o Petit Trianon. São também ditos como lugares lindíssimos, mas decidimos não ir, pois ainda tínhamos outras coisas para conhecer em Paris.

Retornamos pelo mesmo caminho e fomos em direção ao metrô. No caminho passamos por mais um mercadão de pulgas, lá mesmo, próximo ao palácio. Superinteressante. Embarcamos novamente no RER C e após baldeação para a linha 9 do metrô fomos a estação Roosevelt para sair em frente ao Arco do Triunfo. Ele fica no centro de uma grande e movimentada rotatória, sem semáforos ou faixas de pedestre. Mas como eu faço pra chegar ao Arco?!! Existe uma passagem que passa por baixo da avenida, procure-a. Pelo amor de Deus, não dê uma de turista louco e tente atravessar a avenida apulso hein!!  O Arco foi construído em homenagem às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, e nele estão gravados os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Na base do Arco esta o Túmulo do Soldado Desconhecido, com a sua chama eternamente acesa. Dizem que a vista lá de cima é muito bonita, mas com uma escada de trocentos degraus e o meu preparo físico de – 10... Preferi ficar embaixo mesmo.


O Arco
Ao soldado desconhecido
Após admirar um pouco mais aquela grande obra do homem, seguimos ladeira abaixo, literalmente. Descemos a Champs Élysées em direção a Praça da Concórdia. No caminho fomos admirando os tipos locais e não locais, as lojas e entramos em uma galeria para um lanchinho em uma Starbucks. Tinha uma lojinha de Macarrons lá, então aproveitei para experimentar a iguaria (Aprovadíssima). Pra você ter ideia do luxo daquela avenida, havia umas duas Ferraris e uma Lamborghini Diablo paradas no acostamento. Chegando ao final do caminho fizemos um pequeno desvio para admirar a fachada do Grand e do Petit Palais, que já estavam fechados.

Por fim, a Praça da concórdia. A segunda maior praça de Paris. No seu centro está o Obelisco de Luxor, presente do vice-rei do Egito, e em suas extremidades estão as fontes Fontaine des Mers e Fontaine des Fleuves. A partir desta última, em uma reta seguindo até o final da Rue Royale você verá a Igreja De La Madaleine. Você vai estranhar um pouco, pois por fora ela lembra mais um templo grego do que uma igreja católica. Vale uma visita rápida. Ainda mais que no caminho para ela, pela rua Royale, você encontrará uma fantástica loja de Macarrons, a Ladurée (primeira e mais tradicional loja desta iguaria). Pare e escolha os sabores mais exóticos e a mais bela embalagem para presentear alguém que você gosta.


Madaleine ao fundo

Madaleine de perto
Chega por hoje?! Que nada! Já estava próximo ao anoitecer e lá vamos nós de volta ao metrô, desta vez em direção a Torre Montparnasse. Maior prédio da França, com seus 210 metros de altura, ele tem um observatório no seu topo. Preferiu subir na Torre?! Ela é fichinha perto da vista daqui. Se vacilar dá para ver Paris inteira daqui. É de tirar o fôlego. O mirante é cercado por calibrosos vidros à prova de balas, eles atrapalham as fotos, mas não a vista. Não há grandes filas aqui, e o Paris Pass já incluía o acesso a ela. Chegamos no crepúsculo. Fiquei hipnotizado ao ver a imagem da Torre daqui, isso sem falar do Louvre, dos Palácios, da Sacré Coeur... Faça um favor pra mim: esqueça a Torre Eiffel e vá a de Montparnasse. Não!! Vá as duas então. Não se esqueça de levar um bom casaco. Lá em cima é Friiiiiioooooooo....


Olha a vista da Torre de Montparnasse



Agora sim!!! Com essa imagem tatuada na retina, seguimos tão felizes pro hotel que comemos qualquer coisa em qualquer lugar que nem me lembro. Hora de recarregar para mais um grande dia.

4º dia – Hoje é dia de cultura na veia. Vamos ao Louvre!!! Ao contrário do Metropolitan em NY que é “opcional”, o Louvre é OBRIGATÓRIO. Em primeiro lugar os maiores tesouros da história estão lá. Em segundo lugar, não é possível que lá não tenha nada que possa lhe interessar! São mais de 35.000 itens e mais de 8.000 anos de história lá gente!!! O museu é simplesmente GIGANTESCO. Impossível ver tudo em apenas 1 dia, mas totalmente possível ver todas as principais obras em menos de 6 horas. Não se preocupe, pois elas estão sinalizadas no mapa que você recebe juntamente com o ingresso e são fáceis de achar (é só localizar o tumulto e ela estará lá).

Chegamos pouco depois do horário de abertura e a entrada pela pirâmide já tinha certa agitação, mas essa não é a única entrada. São 5 as entradas: a Pirâmide, o Carrousel Du Louvre, a Passage Richelieu, a Porta dos Leões e a Cour Carrée. O Paris Pass da direito a entrada expressa e indica a entrada pela Passage Richelieu para você chegar ao Hall principal (o Hall Napoléon), que divide as alas do Louvre. Descendo por essa passagem você sairá no caminho cheio de lojas e lugares para comer.

Chegando no Hall você verá a pirâmide principal por baixo e a pirâmide invertida. Lá você obterá o seu ingresso e também pode pegar os áudio guias, além de outros acessórios. Ingresso na mão?! Hora de escolher que ala visitar primeiro: Richelieu, Sully ou Denon. Cada uma delas tem a sua própria bilheteria, então guarde o seu ingresso até ir embora, pois você pode precisar mostrar ele para ter acesso às alas. Mas as alas são interconectadas e sinalizadas também, então você tem duas opções: ou segue direto, ou sai de uma e entra na outra novamente.

Louvre
Quer uma dica?! Começe pela Denon. Além de concentrar boa parte das atrações principais, é lá que está a Monalisa. Aproveite que o museu ainda estará relativamente vazio e vá direto a ela, pois depois a concorrência será cruel. Já viu tudo lá?! Então agora vá em direção a Richelieu, passando ou não pela Sully (a mais pobrinha de atrações). Vamos dar uma olhadinha nas joias de cada ala, mas lembre-se que no caminho de uma atração para a outra haverá muita história, então não tenha pressa.

Ala Denon

Maria Madalena – Envolvida por uma cúpula de vidro a imagem, diferentemente da maioria, tem seus cabelos coloridos, a face rosada e uma incrível expressão facial.


Psique reanimada pelo beijo do amor – Linda imagem. Extremamente romântica e inspiradora.


O escravo moribundo – As feições do sofrimento, os detalhes anatômicos... Muito perfeito. Michelangelo, precisa dizer mais alguma coisa?!


Vitória de Samotrácia – No alto de uma imensa escadaria, esta escultura que representa a deusa grega Nice, não poderia estar em um lugar melhor. Apesar da ausência dos braços e da cabeça, eu nunca ví uma escultura tão impactante e imponente.


A Gioconda – Monalisa para os íntimos. Trancada a sete chaves e com vidros blindados, ela deve ter pouco mais de 70 cm de altura, mas ninguém pode mensurar o valor dessa obra. Como eu estava com minha superzoon consegui observa-la mais de perto. Devo confessar que me assustei. Ela parece que segue você com o olhar cara!!! E aquele sorriso então?! Hipnotizante. Tinha um 100 japoneses no caminho até o local mais próximo dela (que deve ser uns 5 metros de distância). Senti como se estivesse em Kill Bill. Saí derrubando um atrás do outro até alcançar meu objetivo. Botei um sotaque americano, pra não me identificarem como brasileiro, e ainda fiquei uns 15 minutos na frentona, só paquerando a moça.



As Bodas de Caná – Imediatamente oposta a Monalisa, essa gigantesca tela de uns 5 metros de altura por uns 8 de comprimento, retrata o momento em que Jesus transforma a água em vinho. Dá pra perder vários minutos vendo todos os detalhes da tela. Observe as feições, as atitudes e a imagem serena de Jesus no centro da ação.


Sagração do imperador Napoleão – Tão impressionante e igualmente gigantesca, essa tela está próxima as duas anteriores. Igualmente riquíssima de detalhes, vale perder alguns minutos a admirando.



Ala Sully

Fosso do Louvre Medieval – muito interessante ver a estrutura original preservada do palácio que hoje abriga o museu. A história nua e crua.

Estátua Sentada de Ramsés II – O Louvre tem uma coleção Egípcia de cair o queixo, e um dos pontos altos é essa estátua. Não deixe de ver as múmias e os sarcófagos também.


Escriba agachado – Mais uma peça desta coleção egípica.

      Vênus de Milo - Estátua de Afrodite. Maravilhoso exemplar da arte grega.



O Trapaceiro e O Banho Turco – Duas das milhares de fantásticas telas que marcaram momentos na história.



Ala Richelieu

Código de Hamurábi – Impressionante. Como um artefato desses, feito na Mesopotâmia em 1.700 a.C., pode estar tão bem preservado! Nele estão entalhadas 282 leis em 3600 linhas. Figuram como os assuntos principais no código: A famosa lei de Talião (olho por olho, dente por dente), o falso testemunho, roubo e receptação, estupro... Veja como estes assuntos figuram desde aquela época. Acho que alguns itens deveriam aparecer nos nossos tribunais...


Apartamentos de Napoleão III – Muito interessante a reprodução e a fidelidade com que são feitos estes ambientes.




A Rendeira, Autorretrato e retrato de Gabrielle – Outras das várias telas.


Este foi apenas um resumo muiiiiittttoooo básico. Para informações mais detalhadas acesse o site: www.louvre.fr/en. O importante é que o museu é impressionante e tudo nele é grandioso. Programa OBRIGATÓRIO.

Saímos dele por volta das 15 horas e almoçamos em um dos restaurantes que fazem parte da estrutura. Como ele se comunica com o Jardin de Tuileries, passamos o restante da tarde passeando e observando o comportamento das pessoas. Isso é divertido sabia?!!! Rolam altas resenhas...



Foi neste dia também que demos a volta no Les Car Rouge.

Neste dia voltamos um pouco mais cedo, para descansar e ir ao nosso jantar marítimo, no Bateux Parisiens.

5º dia – Hoje vamos começar o dia indo um pouco mais longe. Sacré Coeur. Realmente esta basílica é impressionante. Sua localização no topo do monte Martre é extremamente estratégica, pois este é o ponto geográfico mais alto da cidade, então de lá você consegue avistar boa parte da cidade. Toda construída em mármore, ela é simplesmente majestosa, tanto por dentro quanto por fora. O acesso a ela pode ser feito pela sua longa escadaria ou pelo funicular que fica bem próximo. Como o Paris Visite também é valido como ingresso para ele, utilizamos o funicular para subir e as escadas para descer. Na região da basílica ainda estão muitas lojas de lembrancinhas e vários restaurantes e lanchonetes, então se você chegar próximo ao meio-dia aproveite para almoçar por lá mesmo. Após uma visita breve e várias fotos, descemos a rua em direção ao Moulin Rouge, mas não o encontramos.




Pegamos de novo o metrô e seguimos em direção ao museu de arte moderna, o George Pompidou. Ele tem uma estrutura bem diferenciada e moderna, compatível com o que se propõe. As obras exposta nele são MUITO LOUCAS cara!!! Queria saber o que é que aquela galera fuma pra fazer um negócio daqueles! Brincadeira. Eu é que sou ignorante de mais para entender o que o autor se propôs a demonstrar. Enfim, era um domingo, e acabou valendo a pena a parada, pois havia uma série de artistas de rua no local, cantando, fazendo números circenses, pequenas cenas teatrais... Super legal, mas também não ficamos muito tempo por lá.

Lá vamos nós ao metrô novamente, desta vez com destino ao Panthéon. Este é outro lugar que vale muito a pena visitar. A sua estrutura com colunas gregas e um grande átrio, coroado por sua cúpula, fornecem uma atmosfera especial. Para quem não sabe o que é um Panthéon, é uma estrutura criada idolatrar os deuses ou para sepultar e homenagear pessoas importantes. A quantidade de pessoas ilustres e significantes para a história mundial é impressionante. Alexandre Dumas, Jean-Jacques Rousseau, Louis Braille, Marie e Pierre Curie, René Descartes, Victor Hugo e Voltaire, são alguns dos nomes que figuram naquelas galerias. Já pensou se pudéssemos absorver um pouco do conhecimento de cada um desses?!! No subsolo, ao final da galeria, existe uma sala que exibe fotos e vídeos feitos nas diversas épocas, mostrando as cerimônias de sepultamento. Impressionante ver a quantidade de pessoas que acompanhavam as cerimônias. No centro dele também tem um interessantíssimo relógio de pêndulo, onde o pêndulo é um peso que está preso no alto da cúpula. Superinteressante.


O Panthéon
Sua cúpula

Sua cripita
  
O relógio de pêndulo

Russeau
  
Marie e Pierre Curie
  
Voltaire

Saindo do Panthéon, existem outros pontos de interesse muito próximos, como a Igreja de Saint-Éthienne-du-Mont, as Bibliotecas de Sainte-Barbe e Sainte-Geneviève e um prédio com um dos cursos universitários da Sorbone. Demos uma olhada rápida e seguimos em direção ao Jardim de Luxemburgo. Mais um belo jardim dessa bela cidade. Além do Palácio de Luxemburgo, ele abriga o Museu do Luxemburgo, algumas fontes, quadras esportivas, um teatro de marionetes... Estava lotado. Centenas de pessoas lendo, tomando um pouco de sol, passeando, conversando, cantando... Muito legal esse hábito deles. Havia ainda vários carrinhos de comida, sorvete, bebidas, crepes... Enfim, passamos agradáveis horas por lá.


Saint-Éthienne-du-Mont

Faculdade de Direito - Sorbone
Jardim de Luxemburgo



Saindo já próximo do anoitecer seguimos para terminar o dia no Trocadero. Que lugar agradável! A estrutura abriga um hotel, o Museu da Marinha, um belo jardim com a sua fonte e uma grande esplanada. Acho que não há lugar melhor para acompanhar o anoitecer. Talvez essa seja a mais bela visão da torre. Melhor ainda é acompanhar esse momento com um café com churros ou com crepe, comprados ali mesmo, na esplanada. Recomendadíssimo.


Trocadero


Neste dia jantamos no japonês e fomos dormir exaustos, mas extremamente satisfeitos.

Para mim aquele era o último dia de curtição de Paris, no outro dia começava o congresso.

6º dia – Hora de sorver um pouco de conhecimento. Acordei cedinho e deixei a mulher capotada na cama (claro que levei comigo todos os cartões de crédito!). Coloquei a beca e peguei o metro em direção ao Palais des Congrès de Paris. Que estrutura... Realmente difícil comparar com qualquer coisa que possa ter ido no Brasil. Mas enfim, passei o dia todo lá e voltei ao hotel as 18 horas. Ainda tínhamos alguns raios de sol para aproveitar, então vamos a Íle aux Cygnes. Mas que diabos é isso?! É uma “ilha” no meio do Sena e bem próximo ao nosso hotel. O que tem lá?!! Além de ser um local agradabilíssimo para se caminhar e ter uma visão diferente da Torre, ela também hospeda uma cópia em tamanho reduzido da Estátua da Liberdade. Ééééééé... Caso você não saiba, a de NY foi presente da França aos EUA em comemoração ao centenário da assinatura da declaração de independência daquele país. Em Paris existem 2 ou 3 réplicas oficiais, a maior delas está nessa ilha, e a outra está no Jardim de Luxemburgo. Vale a caminhada.

Torre vista da Íle aux Cygnes

A grande dama
Neste dia comemos algo próximo a Torre e voltamos ao hotel.

Ããããã?! O que?!! Ahhhhhh... O que foi que minha digníssima esposa fez nesse dia?! Vou deixar que ela mesmo conte a vocês depois (se ela quiser, é claro).

7º dia – Mais um dia absorvendo conhecimento. E a mulher?! Só Deus sabe... Neste dia encontrei com alguns amigos no congresso e marcamos no Trocadero no final do dia, para acompanhar o por do sol e depois jantar. Foi aí que encontramos o Chez Clément. Tomamos umas 3 garrafas de vinho. Voltamos para o hotel umas 2 da madruga. E o metrô ainda funcionava viu!! Noite agradabilíssima...


Trocadero


8º dia – Depois do vinho de ontem não teve como acordar cedo. Último dia de congresso e último dia de Paris. A saudade já tava batendo. Mas enfim, após o encerramento do congresso, voltei ao hotel e nos preparamos para o melhor jantar da viagem: La Truffiere. Recomendadíssimo.

9º dia – Adeus Paris. Até a próxima... Seguimos de volta ao La Guardia para o nosso próximo destino: Roma.

Como você pode ver, as nossas noites se dividiram entre passeios próximos a Torre e jantares, mas paris também tem baladas. Pelo menos eu acho que tem! Se não tiver, tem os Cabarés! Lido, Moulin Rouge, Crazy Horse... Gosta de ver um topless ou alguma coisa mais ousada?! Essa é a sua praia. Preferi não ir, pois além de ser muito caro (próximo aos 150-200 euros, para o show e jantar, por cabeça), também não queria ficar todo roxo com os beliscões que a mulher ia me dar.

Ficou doido? Cansou de Paris?! Encheu o saco?!! Vai ficar mais de 1 mês lá? Você tem algumas opções de tours de bate e volta, que são excelentes opções: Monte Saint Michel, Londres, Vale do Loire, Fontainebleau...

Londres


Monte Saint Michel
Um dos castelos do Vale do Loire
Fontainebleu

Depois disso tudo ainda faltou muita coisa pra ver?!! Claaaarrrrrooooooo que faltou, mas infelizmente temos de seguir a um novo destino, deixando aquele gostinho de quero mais, mas sempre com motivos para voltar mais e mais vezes.


Bom... Acho que deu pra ver que a cidade é maravilhosa e, juntamente com NY, é um dos lugares que você não pode deixar de ir em sua vida.

Existem milhares de sites que viram Paris praticamente do avesso (dê uma olhada em www.conexaoparis.com.br). Pesquise e... Para o alto e avanteeeee...

No próximo post seguimos para Roma. Aguardem....




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