Boa pergunta.
E a resposta é: Andar atento e de olhos abertos.
?????
Éééééé...
A quantidade de atrações e história incrustrada naquelas ruas é tamanha que, se você ficar muito atento a uma atração específica, pode passar por outra completamente despercebido. Então, se ligueeeee...
Mais uma vez, em minha opinião particular, acho que o melhor período para conhecer a cidade é o período da primavera ou do outono. O clima é mais agradável, a cidade está menos cheia, os preços são mais em conta... Já viu a quantidade de promoções de passagem que apareceram na net para este segundo trimestre?!!! Se você, como eu, ainda não tem filhos, procure programar as suas férias para estes períodos. Garanto que a chance de encontrar boas pechinchas para o lugar que você sempre quis conhecer serão bem maiores.
E a pergunta que não quer calar?! Quantos dias devemos ficar por lá? Nós ficamos 4 dias e meio. Posso dizer que é o suficiente para ver todas as principais atrações, pois a cidade é bem pequenininha e os pontos de interesse ficam muito próximos uns dos outros. Lembre-se de deixar um dia praticamente inteiro para o Vaticano, pois, além de ser um pouco mais distante, as filas são grandes e o lugar é muito grande e muito cheio de detalhes. Mas se você sempre foi bom de História no colégio ou se interessa de forma mais profunda pela história romana, programe-se para ficar bem mais tempo. A possibilidade de ver a evolução das diversas fazes da cidade na fachada dos seus edifícios e monumentos é fantástica.
Aqui em Roma também optei por adquirir o passe de atrações e transporte. Diferentemente dos outros “Pass” da vida, o Roma Pass (www.romapass.it/?l=en) lhe dá direito a apenas 2 atrações de forma gratuita. Nas outras você tem descontos no ingresso de bilheteria. São duas opções: o Roma Pass e o Roma & Più Pass. A diferença entre eles é basicamente em relação aos meios de transporte, sendo o segundo mais completo. Outra grande vantagem é uma fila expressa para entrar no Coliseum (você precisa ver a cara dos gringos enquanto você vai cortando a fila). Com o cartão você ainda recebe um mapa da cidade e uma programação do que está acontecendo de legal por lá. Eu achei que valeu à pena, mas entre no site e veja se lhe agrada. Decidindo-se pela compra, pague no site e pegue em um dos pontos de entrega. Um deles está no aeroporto Fiumicino, outro na Estação Termini (foi o que utilizamos) e os outros... eu não faço a menor idéia.
Então vamos ao que interessa. Da mesma forma que fiz com o post de Paris, dividirei as atrações que visitamos por dia, seguindo a nossa programação.
1º meio dia - Chegamos no hotel por volta das 14 horas, deixamos as coisas por lá, tomamos um banhinho para relaxar e fomos a estação Termini pegar os nossos Roma Pass. Antes de mais nada, como a fome já apertava, paramos em uma pizzaria dentro da própria estação. Pense na Pizza?!! Não sei se foi a fome, mas estava uma “diliça”. Perdemos uns bons 40 minutos tentando encontrar o local que entregava os passes, pois a estação é bem grande e o lugar fica meio escondido. Mas deu tudo certo. Com o mapa da cidade em mãos, saímos para explorar a região. Começamos visitando um pequenino jardim, com algumas esculturas e ruinas ao lado da estação (não lembro o nome dele). Lugar bem agradável. E o melhor: era “de grátis”!!!
Seguimos pela calçada e encontramos a Igreja Santa Maria degli Angeli e dei Martiri. Não havia visto nenhum relato sobre ela em nenhum dos lugares que li, mas fiquei positivamente surpreso. Pena que chegamos lá faltando só 20 minutos para fechar. Ainda assim deu pra ver que o lugar é especial. Antes de várias reformas que a transformaram em uma igreja, ela foi uma Casa de Banhos construída pelo imperador Maximiano. A atração começa na entrada, onde os imensos portões de bronze trazem figuras de anjos e pessoas em alto relevo. O granito vermelho espalhado em toda a estrutura e sua fantástica abóbada, demonstram a grandiosidade da obra. No seu interior, os altares, as imagens, esculturas... Tudo exuberante e coroado por um IMENSO órgão de tubo. Vale a olhada.
Praça em frente à igreja |
Fachada da igreja |
Um dos portões da igreja |
Seu interior |
Uma das esculturas |
O enorme órgão de tubo |
Como tínhamos algum tempo ainda antes de o sol se por, decidimos continuar andando. Pegamos então a via Nazionale, que fica em frente a igreja acima. Seguimos direto por ela e, após cerca de 30 minutos de uma caminhada tranquila observando os prédios e pessoas, eis que nos deparamos com o primeiro parque de ruínas, pertencentes ao Fórum de Trajano. Lá pudemos ver a Coluna de Trajano. Nela estão “impressas” em alto relevo as cenas da guerra contra os Dácios. No seu topo está a imagem de São Pedro e no seu interior uma escadaria que dá acesso ao topo (fechado a visitação).
Mais a frente está o imenso monumento em homenagem a Vittorio Emanuele. Construído em homenagem a Vítor Emanuel II, primeiro rei da Itália unificada, este esplendoroso prédio foi erguido em puro mármore branco e pode ser visto de praticamente toda a cidade (parece até que todas as ruas acabam lá). Quando chegamos ele já estava fechado, mas com certeza ele merece a visita posterior. Depois vocês saberão o motivo.
Seguindo um pouco mais em frente pela grande Via dei Fori Imperiali você verá ao fundo o M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O Coliseu. Indo desesperadamente em direção a ele, cuidado para não deixar de ver o que estará do seu lado. À sua esquerda dê uma olhada no Mercado de Trajano, e na sua direita veja uma Prévia do Forum Romano. Passamos um pouco rápido, pois o sol estava próximo a se por e não queríamos perder esse momento ao lado de um dos maiores símbolos da Itália. Dito e certo, tivemos o grande prazer de ver o sol se por ao lado do Coliseu. Pode ter certeza de que esta é uma das cenas que ficaram para sempre registradas na minha memória.
Via dei Fori Imperiali com o Coliseu ao fundo |
Mercado de Trajano |
Uma casquinha do Fórum Romano |
Por do sol e Coliseu |
Por do Sol |
Já anoitecendo, pegamos o metrô que fica exatamente em frente ao Coliseu e voltamos ao hotel. Mais uma vez, assim como em Paris, não havia melhor forma de começar uma viagem a Roma. Jantamos lá mesmo (boa comida por sinal) e fomos dormir, pois o dia seguinte seria cheio.
Você viu como em pouco tempo nós conseguimos ver tantas coisas! E a pé!!! Não há jeito melhor de conhecer a cidade. Então vamos malhar e se preparar.
2º dia – Acordamos cedo (na medida do possível) e pegamos o metro em direção à estação Spagna. Lá está a... Piazza di Spagna. Local super badalado e ponto de encontro para romanos e turistas. Lá estão algumas lojas de grife e, no alto da enorme escadaria está a igreja de Trinità dei Monti. Duas coisas marcam essa linda praça: Sua fonte em forma de barco e sua escadaria repleta de flores. Não deixe de passar por lá.
Bem pertinho de lá, seguindo por poucos minutinhos a pé, encontramos a maior das fontes romanas: a Fontana di Trevi. Majestosa. Essa é a palavra que melhor define esta fonte guardada por Netuno no seu centro, seus guerreiros emergindo das águas e suas virgens ao seu lado. A recomendação hoje é para que se evite jogar moedas, pois a reação do metal com o mármore tem ajudado na sua degradação. Mas quem resiste a fazer um desejo e arriscar a boa sorte que aquelas águas e aquela energia toda podem lhe trazer?! Em torno dela existem vários restaurantes pequenos, sorveteria, vendedores de lembrancinhas... Ela sempre estará cheia de turistas, mas com paciência e jogo de cintura você conseguirá excelentes fotos.
Lá vamos nós de novo. Desta vez um pouquinho mais longe, mas nada mais do que 30 minutinhos, chegamos ao Pantheon. Em perfeito estado de conservação, esta construção de 27 a.c., inicialmente utilizada como templo dedicado aos deuses, se tornou igreja e finalmente última morada a personalidades italianas ilustres. Lá estão o pintor Rafael e o rei Vitor Emanuel II, por exemplo. A sua arquitetura monumental e a sua cúpula serviram de inspiração para outras obras modernas. Realmente magnifica. Se chegar por volta do meio-dia, em frente ao Pantheon, na Piazza della Rotonda, estão excelentes restaurantes para um maravilhoso almoço.
Cansou?! Que nada! Muito próximo ao Pantheon, você encontrará a Piazza Navona. Esta é mais uma das várias praças da cidade. Lá você encontrará a linda Fontana dei Quattro Fiumi, a igreja Sant’Agnese in Agone e.... a Embaixada Brasileira! Lá funcionava um grande mercado que foi transferido para o Campo de Fiori e lá funciona até hoje. O Campo fica muito próximo da praça, então não deixe de ir lá. O mercado funciona diariamente, com exceção dos domingos, e é repleto de mercadorias dos mais variados tipos. São flores, queijos, comidas, conservas, doces, temperos, lembranças... Vale muito a pena a parada. Não vá perder!
Continuemos então. Vinte minutinhos mais e estamos de volta ao monumento a Vittorio Emanuele. Desta vez o pegamos aberto e pudemos conhecer melhor. No seu interior existe um pequeno museu, mas seu verdadeiro tesouro está do lado de fora, mais precisamente nos fundos do prédio. O que é?!!! É o elevador que lhe leva ao topo do monumento. O preço é meio salgadinho, mas vale cada centavo. A vista de lá é incrível. Dá pra ver boa parte da cidade e ter uma noção da distribuição dos pontos turísticos.
Agora é hora do Coliseu né?!! Ainda não... Do ladinho do monumento, no alto de uma grande escadaria, você tem os Museus Capitolinos. Formado por dois antigos palácios romanos, esses museus abrigam uma importante coleção de obras de arte. Simplesmente imperdível. Só pra você ter uma ideia: A Loba, de Rômulo e Remo, está lá!!! A coleção se iniciou nos idos de 1400 com uma doação da igreja e continuou com vários achados arqueológicos. A riqueza desta coleção para a história é realmente inestimável. São esculturas, pinturas, painéis, porcelanas, escrituras... Vamos dar uma olhada em alguma das obras.
A Loba |
Estátua equestre de Marco Aurélio |
Remanescentes da estátua de Constantino |
Isso é uma Biga |
Gaulês Moribundo |
Subsolo do museu |
Estátua del sileno Marsia |
Artemísia de Éfeso |
Pra terminar o dia que tal uma visitinha a igreja de San Pietro in Vincoli? Mais uma igreja?! O que tem lá?! Todas as igrejas de Roma são esplendorosas. Nesta em particular está a estátua de Moisés esculpida por Michelangelo, que faz parte de um mausoléu construído para abrigar Julio II.
Devo confessar que foi um dia cansativo. Todos os trajetos entre estas atrações foram feitos a pé, mas as distâncias entre eles eram sempre menores que 1,5 Km, então era tranquilo superá-las. Só que para isso você tem de montar um trajeto racional, evitando idas e vindas.
Retornamos ao hotel, tomamos um belo banho e fomos ao nosso jantar no La Terrazza dell’Eden, fechando um dia extremamente produtivo.
3º dia – Hoje é dia de visitar a história na sua forma bruta. Acordamos cedo e seguimos de metrô em direção à estação Colosseu. Chegamos pouco após o horário de abertura e já havia uma filinha considerável para entrar, mas como o nosso Roma Pass permitia a entrada expressa saímos cortando a filinha e em poucos minutos estávamos dentro daquele majestoso símbolo do Império Romano. Impresionante é a palavra. Imaginar que aquilo tudo foi construído daquela forma tão perfeita e já existe há mais de 1900 anos... Incrível. Pode parecer brega, mas é impossível não fechar os olhos e tentar imaginar aquele local cheio de pessoas e os seus grandes espetáculos e disputas entre os gladiadores. Após entrar lá, a sua visão dos filmes que retratam a Roma antiga será totalmente diferente. Você terá noção da grandiosidade que aquilo deveria ser. Comece pelos andares superiores e vá acompanhando o fluxo. Existem audioguias (não tem em português) e visitas guiadas que podem ser uma excelente opção para aprender mais sobre a história daquele lugar, se você domina o inglês, italiano ou espanhol (acho que tem francês e alemão também). Caso queira economizar um pouco e usar o jeitinho brasileiro, encoste, como quem não quer nada, nos grupos de turistas e tente escutar um pouco das informações dadas pelos guias. Não economize nas fotos. Todos os detalhes merecem ser registrados para a eternidade. Na praça do Coliseu ainda pode ser visto o Arco de Constantino, mais um monumento em homenagem as batalhas vencidas.
Precisa de legenda?!!! |
Seu interior |
Detalhe do seu subsolo |
Diagrama explicativo do Coliseu e Fórum Romano nas antigas eras |
Literalmente do ladinho do Coliseu está o Fórum Romano. Não faça como agente e suba a primeira ladeira que vir, pois lá não é a entrada. Essa ladeira é a Via Sacra e ela é sem saída. Lá em cima você vai encontrar o Convento S. Bonaventura Al Palatino. Lugar bonito, mas a subida é grande. Para chegar à entrada do Fórum Romano, você deve seguir alguns metros pela Via di San Gregorio (dê uma olhada no google maps pra se localizar). Aproveite para dar uma olhada nos vendedores ambulantes ou fazer um lanchinho, pois a caminhada lá dentro é grande. Compre também uma garrafinha de água. Basta uma mesmo, pois por toda a Roma você sempre achara fontes de água “potável” para reabastecê-la. No Fórum em particular ela são várias e eu usei, abusei e estou inteiro. Perca o preconceito e poupe seus preciosos eurinhos (cada garrafinha de água pode custar a bagatela de até 3 ou 4 euros). Bom, uma vez dentro do Fórum você terá a opção de seguir por várias trilhas, seguindo as placas que indicam as atrações que estarão à frente. Veja no mapa que lhe é dado as atrações que quer ver e siga as trilhas. O lugar todo é bem grande e facilmente pode lhe ocupar toda uma tarde. Lá estão concentradas uma as ruinas de uma série de construções de grande importância para a cidade. Este lugar foi o centro da vida pública romana por vários séculos: o coração da Roma antiga. Entre as estruturas que permanecem lá podemos citar: Templos de Saturno, Rômulo e Vesta; Os Arcos de Septímio Severo, Tito e Tibério; a Basílica Giulia; a Curia Julia, entre tantos outros. Para alguns aquilo pode representar um monte de ruinas e pedras sem sentido, mas com um pouco de imaginação você se sentirá dentro da história e como um legítimo romano. Experimente!
Passamos um bom tempo por lá e depois seguimos para o Circo Massimo. Antigamente uma ampla área utilizada para jogos e disputas, como corrida de Bigas por exemplo. Hoje é uma grande área verde, meio abandonada na verdade, utilizada para recreação.
Bem próximo a Circo está a igreja de Santa Maria in Cosmedin. Igreja de novo!!! Mas essa é especial. Além de muito bonita, ela também abriga a famosa Bocca della Verità. Feita em mármore, essa escultura que representa Tritão com a boca aberta. Segundo reza a lenda, o mentiroso que ousasse por a mão no interior da boca teria os dedos decepados. Interessante não é?!! Eu tô com a mão inteira. E você?! Vai arriscar?!!
Ao fundo a igreja de Santa Maria in Cosmedin |
A Bocca della Verità. Olha a coragem da moça! |
O interior da igreja |
Retornando para o hotel ainda demos uma paradinha em mais uma igreja (haja pecado!). A de Santa Maria Maggiore. Uma das 4 basílicas patriarcais de Roma, essa é mais uma esplendorosa construção. Vale a parada.
Neste dia jantamos cedo em um dos restaurantes próximos ao Hotel e fomos dormir cedo.
4º dia – Hoje o dia é dedicado ao menor país do mundo, tanto em área (0,44 Km quadrados) quanto em população (cerca de 800 habitantes). Acho que você já sabe do que estou falando... O Vaticano é claro! Talvez esse seja o local mais concorrido de Roma. As filas são ENORMES. Todos os lugares que pesquisei são recorrentes em confirmar isso. Sendo assim, não hesitei. Reservei pela Net um tour guiado. Qual a vantagem?! Além de ter as informações sobre a história do vaticano e das peças que fazem parte da sua coleção, você ainda passa na frente em todas as filas. Após alguma pesquisa optei pela Maximus Tours (www.maximustours.com) e não me arrependo. O único defeito é que na maioria dos dias você só tem a opção de guias em inglês, apesar de que a guia que foi conosco procurava falar pausadamente, o que se tornou bastante compreensível. Existem também áudio guias e a venda de ingressos VIPs no site oficial do vaticano (http://mv.vatican.va/index.htm), pra quem prefere fazer tudo por conta própria.
O tour tem aproximadamente 2 a 3 horas de duração, sendo que ao final você terá tempo livre para a Basílica de São Pedro e o que mais queira fazer. Marcamos o horário do tour para a tarde, então aproveitamos a manhã para conhecer algumas atrações próximas. Pegamos o metrô e descemos na estação Lepanto. De lá descemos em direção à Piazza Cavour e ao seu lado está o Castelo de Sant’Angelo. Após uma breve visita, seguimos em direção ao Vaticano, que está muito próximo. Almoçamos bem perto do ponto de encontro com a guia, em frente à entrada do Museu Vaticano. A visita começa exatamente por lá. Após entrarmos, devemos pegar um material de áudio que é por onde ouvimos a nossa guia (além de evitar a gritaria esse recurso ainda melhora o entendimento do inglês). Preparados, seguimos em frente então. A coleção dos museus vaticanos é impressionante. São grandes tesouros da história, acumulados por séculos e séculos. É muito interessante seguir as explicações da guia e descobrir o segredo daquelas obras e dos seus autores. São várias as alas e exposições, como o museu Pio-Clementino, o Chiaramonti, o Gregoriano Etrusco, o Gregoriano Egípcio, a pinacoteca... A coleção é incalculável. Seria incrível se pudéssemos aprender história dessa forma! Após cerca de 1:30 h de visita aos museus, coroamos a nossa visita com uma visita as Salas de Rafael, onde você pode apreciar a obra desse gênio, e a Capela Sistina. Não há filme, fotografia ou imaginação que possa descrever nada próximo a estar naquele local. São quinze minutos de puro êxtase. Você está na capela sistina!!! Lugar de segredos guardados a 1000 chaves e de conclaves históricos. Incrível como um lugar tão “pequeno” pode representar tanto. Antes de estrarmos a guia descreve tudo que vamos ver, e pede pra que prestemos atenção a alguns detalhes maliciosos inseridos por Michelangelo nos afrescos (como um autorretrato e a imagem do papa que o encomendou o serviço inseridos no Juízo Final) . Além deste, ainda participaram destas obras simplesmente artistas como Rafael, Bernini e Botticelli. Os afrescos são inspirados em cenas do Velho e Novo Testamento com Moisés e Cristo como figuras protagonistas. Existem ainda retratos de papas, tapeçarias... Confesso que não consegui tirar os olhos do teto. Para mim a Criação de Adão, com seus dedos quase se tocando, é uma imagem hipnotizante. O Juízo Final também é tão rico de detalhes que seria preciso algumas horas para destrincha-lo. Não há como descrever em palavras esse momento. Infelizmente eles não permitem fotografias lá dentro, mas nada que uma busca no Google imagens não possa resolver.
Ao fundo a praça de São Pedro com a sua Basílica |
Imagens dos Museus Vaticanos |
O teto da Capela Sistina |
Diagrama das obras do teto |
O Juízo Final |
Ao sair da Capela Sistina, somos encaminhados a Basílica de São Pedro. Neste momento a guia nos dá as últimas orientações, nos indica o que devemos observar com atenção e nos despedimos muito gratos pelos ensinamentos. Agora o tempo é nosso. Estamos livres para explorar a basílica e praça de São Pedro. GRANDIOSA. Essa é a definição mais simples para este lugar, que é a maior igreja do cristianismo. Não dá pra mensurar o significado deste lugar para todas as religiões. Lá está enterrado o próprio São Pedro (um dos apóstolos de Jesus e o primeiro papa)! João Paulo II também está lá!! É aqui que acontece a Missa do Galo gente!!! As suas imensas portas de bronze retratam cenas do cristianismo e logo na entrada está A Pietà. Mais uma obra de Michelangelo, ela retrata a cena em que a Virgem Maria toma em seus braços o corpo do seu filho Jesus, morto após a crucificação. Não havia forma melhor de começar. Dentro da basílica os altares, as esculturas, o túmulo dos papas, as estruturas em ouro, as cúpulas... Tudo é fantástico. Depois que comecei a visita-la percebi porque a guia não fica com a gente lá dentro, senão ela não ia embora tão cedo, além de ser impossível manter um grupo unido por lá. Foram horas surpreendentemente agradáveis. Ainda permanecemos alguns minutos na praça observando e imaginando tudo aquilo lotado durante as missas papais. Por sinal, você pode fazer parte de uma delas. Dê uma olhada no site e veja como reservar o seu ingresso para um dia de missa.
Na saída não podíamos deixar de passar nas lojinhas para trazer lembranças para todos. Aproveitei também para banhar minha corrente e meu crucifixo nas batinas de água benta espalhadas pela basílica (a bichinha chega ficou mais reluzente!). Seguimos em direção ao metrô e retornamos ao hotel, com certeza de que fechamos a nossa visita a Roma com chaves de ouro e diamante.
Quase ia esquecendo! Para entrar e circular pelo vaticano existe um código de vestimenta óbvio. Então, pelo amor do dono daquilo tudo, vá de calça ou vestido longo, evite os decotes, os saltos altíssimos, as maquiagens berrantes... E tudo mais que possa deixar qualquer cristão de boca aberta.
5º dia – Hora de dizer adeus. Mais uma vez tive a certeza de que a minha escolha foi a melhor. Se for à Itália, não deixe de ir a Roma. Nem que seja por dois dias, só pra ir no Coliseu e no Vaticano. Faça esse favor a você.
Lá fomos nós em direção ao aeroporto para o nosso próximo destino e próximo post: Portugal, pois pois...
Nenhum comentário:
Postar um comentário