sábado, 31 de agosto de 2013

Guia definitivo para montar sua viagem – Locomoção.


Agora é a vez de se locomover.

A melhor forma é, sem dúvida nenhuma, a pé. Essa é a uma das poucas delas que faz bem a saúde (se é que você tem isso), permite que cada detalhe a sua volta possa ser observado com cuidado, pode proporcionar boas surpresas....

Quer um exemplo?!

Podia lhe falar de vários, mas pra resumir foi só a pé que conseguimos descobrir bons restaurantes, boas lojinhas, atrações inusitadas...

É claro que você não vai fazer isso a cidade inteira, mas deve dividí-la por zonas, essas sim coberta com longas e prazerosas caminhadas.

Não quer caminhar de jeito nenhum?!

Então vamos ver se consigo lembrar as outras opções:
1-      Carro – A opção mais cômoda e óbvia, mas nem sempre a melhor. Em cidades como Nova York e Paris, andar de carro pode ser um martírio devido o trânsito pesado e a falta de lugares para estacionar. Já em outras como Miami e Santiago, ele será o seu maior aliado.
A primeira grande dúvida de todo mundo que viaja para fora do Brasil é se é ou não necessária a posse da carteira de habilitação internacional. A resposta é simples: Não. Não é obrigatória, mas é recomendável, principalmente no caso de acidentes ou infrações de trânsito. Mas só de pensar na burocracia que a gente enfrenta nesses Detrans da vida... Eu sempre desisto. Os únicos lugares que exigem obrigatoriamente este documento são Dubai, Alemanha, Espanha, Itália e o estado da Georgia nos EUA. Fora esses, pode ficar tranquilo.
Ao contrário do Brasil e de alguns países da América do Sul, a maioria dos lugares civilizados tem um processo super simples de alugar um carro. Não tem nada daquilo de ficar olhando cada risquinho do carro em processos demorados e constrangedores. Lá as coisas são bem mais simples. Basicamente a única coisa que eles são rigorosos é com relação ao combustível.
Vou falar um pouco mais sobre o processo de aluguel nos EUA, mais especificamente em Miami. Lá, como na maior parte dos lugares atualmente, as locadoras ficam localizadas em um prédio anexo ao aeroporto e ligados a este por meio de um trem ou sistema de ônibus. Então chegando ao aeroporto geramente é só procurar pela sinalização “Rental Car”. Chegando ao prédio é só procurar o guichê da locadora da sua preferência e iniciar o processo de check in. Esse é o único procedimento que demora em qualquer lugar, por isso eu sugiro que você faça a sua reserva pela internet. Além de garantir o seu carro e as melhores tarifas + promoções, ainda tem o fato de algumas locadoras permitirem o preenchimento dos dados de check in pelo próprio site. Assim agiliza muito o processo. Depois disso você deve ir até onde o seu carro está localizado ou esperar que ele seja trazido até você. Pronto, você está quase livre. Na saída você terá os documentos conferidos e aí sim poderá seguir. Na devolução o processo é super rápido, ele confere o nível de combustível, escaneia um código de barras e pronto, imprime seu recibo e tchau.
Algumas dicas importantes antes e durante o aluguel. Procure conhecer as regras de trânsito no lugar onde for (na argentina é preciso 2 triângulos, corrente para os pneus e outras coisas, por exemplo) e se o carro possui o sistema de passe livre pelos pedágios (SunPass na flórida, por exemplo).
Para maiores detalhes leia o post que fiz de Miami.
Ah! Não esqueça de alugar o carro com GPS, pois em algumas cidades é praticamente impossível andar sem ele. Se você gosta de viajar, faça como eu e compre logo o seu.
Então, se você quiser o conforto de ir para onde quiser e na hora que quiser, opte pelo carro, mas antes procure saber como é o trânsito no local de destino para evitar dores de cabeça.
2-      Moto - Não ando de moto e nem recomendo. Talvez em destinos de aventura ela possa ser uma boa opção e acredito que tudo o que falei sobre os carros se aplica a elas também. De qualquer forma, não recomendo, pois um acidente pode trazer enormes problemas. Agora se você vai alugar uma Harley pra fazer a rota 66, aí é outra história!
3-      Táxis – O meio mais caro sem dúvidas. Mas que também podem ser bem custo efetivos se você levar em consideração o conforto de ir de carro e sem se preocupar em dirigir. Cidades onde o Real está valorizado, como a Buenos Aires, podem fazer esse meio valer muito a pena, mas o contrário também é válido. Outra forma de deixar esse meio mais vantajoso é dividí-lo com outras pessoas, assim o custo cai. Mas cuidado, pois em alguns lugares cobra-se a mais a partir do 3º passageiro. Procure se informar também sobre como é esse serviço no local para onde vai. Em Paris por exemplo, o taxista pode cobrar por malas a mais, a depender de como está o trânsito, se foi com a sua cara...
Muitas pessoas gostam e até recomendam que se contrate um taxista para fazer um tour pela cidade. Se você dividir esse custo com outras pessoas pode valer a pena, mas procure referências do taxista que for contratar. Cuidado nunca é demais.
4-      Ônibus – Não é um meio que eu uso muito (deve ser trauma do tempo de colégio e faculdade), mas lá fora ele é bem eficiente e organizado. As linhas tem vias exclusivas na maioria das vezes e não são tão lotados quanto os nossos. Sem falar que eles não pulam os pontos. Meio muito barato e que em boa parte das cidades faz parte de um sistema integrado de passagens que pode incluir o metrô ou outros meios de conexão no mesmo ticket.
Para o transporte entre cidades pode ser uma opção bem mais em conta que outros meios, sem falar que as vezes dá para você descansar bastante no trajeto.
Um tipo de ônibus que eu sempre uso são os Sightseeing. Serviço composto por um ônibus de 2 andares que faz um city tour pelos principais pontos turísticos do local, permitindo que você desça e suba quantas vezes quiser. Além disso oferecem um audio guia em várias línguas, que descreve um pouco da história do lugar e dos pontos por onde se passa. O valor não é tão barato, mas é bastante custo efetivo se considerar que você pode fazer um city tour no seu ritmo. Mesmo que você decida alugar um carro aconselho que faça um tour desses para ter noção do trânsito, dos caminhos e das atrações que mais valem a pena serem revisitadas com mais calma.
5-      Metrô – Excelente forma de locomoção, quando disponível e bem estruturada. Barata e capaz de lhe levar a qualquer lugar de forma bastante rápida e confortável. É claro que nos horários de pico é meio complicado, mas seu funcionamento até altas horas possibilita uma alternativa segura de retorno ao hotel. As maiores cidades contam com sistemas de passe ilimitado válidos por determinado número de dias, que podem ser adquiridos em máquinas automáticas e que facilita muito as coisas.
Para os que nunca andaram de metrô, não tem segredo. Por mais que os mapas possam parecer confusos, existem algumas regrinhas básicas que vale para a maioria. Geralmente as linhas são classificadas por cores e/ou números. A primeira coisa a fazer é saber qual a estação que você irá descer. Depois você deverá saber a cor/número da linha e prestar atenção ao nome da última parada. Com estes dados deverá procurar a linha da cor certa e seguir no sentido do nome da última estação. Digamos que você queira ir a estação F da linha vermelha, sendo que a última estação deste sentido é a X. Quando você chegar na estação da linha vermelha verá as opções de destino A e destino X (não haverá nenhuma menção do destino F, mas você sabe que ele está na direção do X), então você deverá ir no sentido X e não no A, pois os trens estarão em sentidos contrários. Uma vez dentro do trem você acompanhará as estações até que chegue na estação F e possa desembarcar. Se não houver nenhuma estação da linha vermelha próxima a você, então terá de fazer uma baldeação, que é a troca de trens. Utilizando o exemplo acima, vamos supor que você esteja na linha verde e que ela cruzará com a linha vermelha na estação J. Você deverá então pegar o trem verde até a estação J, desembarcar mas não sair da estação e procurar onde está o embarque da linha vermelha. Encontrando, pegue o trem com direção ao sentido do A, pois o J está depois do F, então você deverá ir no sentido oposto ao do exemplo anterior. Mas a situação pode ficar mais complicada se você precisar fazer mais de 1 baldeação ou se tiver de pegar um ônibus que liga uma estação a outra. Mas aí só na prática, quebrando a cabeça, para aprender.
Deu pra entender?! Então use e abuse do metrô, mas não esqueça de fazer alguns trajeto a pé também.
Em alguns posts, como o de Paris e NY, eu detalho um pouco mais do metrô nestes destinos. Dá uma olhada lá.
6-      Trens – Mais utilizados para viagens entre cidade ou países, não são tão baratos quanto possa se imaginar. Em compensação existem viagens que já são uma atração em si, como a trans-siberiana, o Oriente Express, o Vistadome, entre outros. O conforto e luxo também podem ser coisas surpreendentes em algumas dessas viagens. Deve ser super legal também poder andar em um trem bala japonês. Porém, prepare o bolso.
7-      Barco – Brincadeira?! Não é não. Paris por exemplo, é uma das cidades que tem táxis marítimos. Posso citar ainda NY e Veneza, mas existem várias outras. Como eles geralmente podem levar mais passageiros, também são uma alternativa barata, que podem lhe levar ao seu destino e ainda proporcionar um ponto de vista diferente da cidade.
Eles ainda servem para lhe levar de uma cidade a outra, poupando horas de estrada ou trajetos curtos de avião. Exemplo?! Que eu lembre agora, tem da ilha do Tahiti para Moorea, de Montevideu a Buenos Aires e de Cancun a Isla Mujeres. Mas você já pode perceber que esse é um meio de locomoção que com certeza ainda usará.
8-      Bicicleta – Mais uma vez citamos Paris, que foi pioneira em oferecer este meio de transporte a todos com o Velib (ver o post de Paris). Mas existem outras cidades e locais de menor extensão que oferecem a velha e boa “magrela”como um bom meio de transporte.
9-      Carona – Alguns países tem uma boa tradição em caronas, principalmente para que vai de muchilão. Pessoalmente eu não tenho o menor talento para isso. Já existem sites que organizam as caronas, mas não vá achando que vai ser tudo de graça não! Pelo menos o valor da gasolina você vai ter de rachar.
10-   Animais – Gosta de andar à cavalo, de camêlo, de elefante, de avestrus... Em algumas cidades do mundo é possível optar por algum destes bichinhos dóceis. Eu não confio em nada que tenha vontade própria!!!
11-   Meios alternativos – Diante do trânsito das grandes cidades e da falta de opções, tem surgido meios alternativos de transporte. Podemos citar o Segway, os carrinhos de golf e os bondes. O segway (aquela espécie de patinete motorizado que se move com os movimentos do seu corpo) tem sido utilizado por agências para realização de city tours e também já podem ser encontrados para aluguel, oferecendo mais um meio de exercitar o seu sedentarismo. Ilhas pequenas e alguns megaresorts oferecem o carrinho de golf para que você possa transitar. Nós o utilizamos em San Andrés, em Rangiroa e em Isla Mujeres, e realmente são muito práticos e funcionais. Já os bondes podem ser encontrados em cidades como Lisboa e San Francisco e são muito úteis para vencer as enormes ladeiras que caracterizam a topografia destas cidades.
12-   Outros – Em determinadas cidades ainda é possível encontrar meios bem diferentes como carruagens, Rikichás (aquele carrinho oriental que é puxado por uma pessoa), funiculares, bondinhos, hovercraft (aquele barco a hélice), helicópteros, tratores... E tantas outras formas que não dá nem pra imaginar.

Deu pra ver que opções são o que não faltam. O ideal é que você possa combiná-las da melhor forma, de maneira que possa aproveitar a sua viagem ao máximo. Não esquecendo de que o seu pé ainda é o melhor meio de locomoção.

Ainda nesse tema não podíamos deixar de citar as ferramentas que dispomos para auxiliar a sua locomoção.
1-      Mapas – O velho e bom mapa deve estar sempre ao seu lado quando sair do hotel. Em praticamente todo o local você os encontrará na recepção do hotel, no centro de informação turística, nos pontos turísticos. Além de informações sobre as ruas, os mapas de hoje assinalam muitos pontos de interesse, como lojas, restaurantes, monumentos, pontos turistícos, pontos de apoio... Mesmo nos dias de hoje ainda são imprescindíveis. Eu sempre carrego o meu!
2-      GPS – Imprescindível, principalmente se você está de carro. Pode lhe poupar minutos ou horas de procura. Mesmo se você estiver a pé ele pode lhe ajudar. Além do destino, ele ainda pode lhe mostrar restaurantes, lojas, outros pontos de interesse, estacionamentos... A única desvantagem é seu custo, tanto para aluguel quanto para adquirir o mapa do local para onde você vai viajar.
3-      Celular – Unindo tudo o que há de bom dos itens anteriores, os smartphones ainda lhe oferecem dezenas ou centenas de aplicativos que podem lhe ajudar das mais diversas formas. É incrivel! Tem aplicativo até pra localizar banheiro grátis!!! Mas é unindo os melhores mapas com os dados de GPS que ele se destacam. Vou correndo comprar um então!!! Calma! Faltou dizer que a maioria dos aplicativos são pagos e que para utilizá-los é preciso estar conectado a alguma rede sem fio ou rede internet móvel, e em alguns lugares isso praticamente não existe.

Resumindo: ande com os 3, ou pelo menos com um mapa e um celular ou GPS.

É importante dizer que nas cidades turísticas maiores e nos países desenvolvidos o repeito às pessoas com dificuldades de locomoção é muito respeitado. Todos os principais lugares contam com facilidades de acessibilidade e o respeito de todos é muito grande. Nos EUA mesmo, devido a grande quantidade de multilados de guerras e aos velhos obesos que não andam mais (só usam aquelas cadeiras motorizadas), isso pode ser visto com maior frequência.

Sabe uma outra coisa que também é pertinente ao tema, que sempre acontece e que tem sempre alguma coisa de bom apesar de não parecer?! Se perder. Isso mesmo! Algumas vezes é muito bom simplismente sair sem rumo e se perder um pouco. Nessas horas você sempre acaba encontrando um lugar legal que nenhum de seus amigos conhecia, um bom lugar pra comer, aquela lojinha que vende coisas que não se acha em nenhum outro lugar, aquela pessoa super legal que vai lhe dar ótimas dicas... Pode ser assaltado e ter de dormir na rua também, mas isso só se você for muito azarado. Tá com tempo sobrando?! Vá se perder um pouquinho!

Acho que é isso.

Perguntas?!!!

No próximo post vamos falar de passeios.



sábado, 24 de agosto de 2013

Guia definitivo para montar sua viagem – Comunicação.


Chegou a seu destino final?!

Não sabe falar direito nem o português, quanto mais outra língua?!

Isso não chega a ser um problema. É claro que você não vai aproveitar plenamente a sua viagem, mas comer, comprar e passear, com certeza vai dar pra você fazer.

Agora se você resolver investir no seu aprimoramento pessoal e aprender uma segunda língua, aí com certeza vai aproveitar muito mais a sua viagem (e porque não dizer a sua vida também).

E não adianta dizer que não tem mais idade pra aprender, pois eu tenho colegas de inglês com mais de 65 anos!

Também não adianta dizer que não tem tempo, pois já existem cursos on line, que podem ser feitos em qualquer hora. Alguns são até gratuitos!

As cidades que recebem grande volume de turistas, como Paris, Miami, Nova York, tem sempre alguém que fala espanhol e, muitas vezes, você poderá encontrar até mesmo brasileiros trabalhando nos hotéis, donos e funcionários de restaurantes, donos de agências de receptivo...

Os restaurantes geralmente têm um cardápio em espanhol também.

Agora se você tiver algum problema com a polícia ou se perder e precisar de informações nas ruas, aí vai ficar mais difícil sem falar o inglês ou o espanhol.

Problemas graves, assaltos, problemas de saúde... Você terá que se virar e também procurar a embaixada brasileira, se ela existir na cidade onde estiver.

Hoje já existem cursos específicos para viagem, com vocabulário básico para se virar bem. Os caras falam muito rápido lá fora. É difícil de entender, mas procure alguém paciente que possa lhe explicar o que você quiser saber com calma.

Você é anti-americano?! Não quer saber de aprender uma nova língua?!

Até pra isso existem algumas soluções:
1-      Sair do Brasil com alguém que fale – Se você estiver em um grupo onde pelo menos 1 pessoa fale bem o inglês, então já estará bem acompanhado, mas procure não explorar muito a pessoa a ponto de ela nem querer ver mais a sua cara. Aprender a se virar é fundamental.
2-      Ir com uma agência de turismo que ofereça pacotes com guias brasileiros – Já existem agências que oferecem pacotes intitulados “Grupo de brasileiros em...”. Geralmente eles já incluem um guia acompanhante que lhe ajudará no básico, mas, como são muitas pessoas no grupo, dificilmente ele conseguirá estar sempre ao seu lado. Mais uma vez você terá de se virar na maior parte do tempo.
3-      Procurar agências de receptivo gerenciada por brasileiros – Hoje é um serviço que nas principais cidades já pode ser achado mais facilmente. Você terá uma pessoa exclusiva para você ou seu grupo, que fará roteiros já estabelecidos ou ao seu critério. O problema é que para tê-lo ao seu lado, você terá de doar um rim, de tão caro que eles cobram.
4-      Procurar agências locais que tenham guias falando português – Também existe esta opção. Em países europeus, isso é mais comum visando o turista português. Porém, se você não estiver em um grupo grande, ele será tão caro quanto o anterior.
5-      Ir para lugares que falam o português – Pode não parecer, mas existem lindos lugares que você pode ir e que tem o português como a sua língua nativa. Além de Portugal, que é um belo país, a maioria dos outros está na África. Mas alguns exemplos de belos lugares que podem ser visitados são Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Macau

O ideal mesmo é investir em uma segunda língua, se não for o inglês tente pelo menos o espanhol, que é mais próximo ao português.

Outro aspecto relativo a comunicação diz respeito ao contato com os locais ou com seus familiares no Brasil.

Vejamos algumas opções:
1-      Utilizando o seu telefone normalmente – Se você não quiser quebrar muito a cabeça e ter sempre acesso ao telefone, assim como se precisar ser encontrado por parentes ou pessoas do trabalho de forma fácil, o melhor é cadastrar o serviço de Roaming Internacional da sua operadora de celular. Desta forma todos no Brasil ligarão normalmente para ele, sem ter de discar códigos ou outras coisas. Apesar da grande concorrência das operadoras, este ainda é um serviço extremamente caro. Ele é recomendado apenas se realmente você precisar ser encontrado de forma fácil e as pessoas não conseguirem falar com você de outra forma (facebook, whats up, viber, voxer,...).
2-      Ligação do hotel – Aí é dar um tiro na conta bancária. Acho que é pior do que ligar do seu celular. Pelo menos para as ligações internacionais. Agora, se você precisa entrar em contato com alguma pessoa ou serviço local, não tenha pudores em utilizá-lo. Não há muita diferença nas tarifas e alguns hotéis até permitem ligações locais sem custo adicional.
3-      Ligação de telefones públicos – Geralmente você precisará de um cartão telefônico específico para ligações internacionais. Esta é uma das formas mais acessíveis e baratas para falar. Para ligações locais, cartões locais ou moedas deverão ser utilizados. Hoje existe ainda um serviço da Embratel chamado BrasilDireto, onde o pagamento pode ser debitado em reais na fatura do seu cartão de crédito ou ter a conta enviada para sua casa, e que conta com a opção de auxílio de um operador. Desta forma você não precisará decorar códigos de área locais ou internacionais, é só dizer a ele o telefone e a cidade, e ele fará o serviço pra você. Para saber como utilizar o serviço, o número da embratel no país onde você estiver e as tarifas cobradas, dê uma olhada em http://portal.embratel.com.br/fazum21/brasil-direto/.
4-      Ligações pela internet – No mundo atual e com a disseminação dos Smartphones, essa é sem dúvida a principal e mais barata forma de comunicação. Se você e a pessoa que quer falar tiverem o mesmo aplicativo, podem até mesmo falar em tempo real e de graça. Alguns aplicativos que podem ser utilizados para este fim são Voxer, Viber, Skype, Facebook, Whatsup, entre outros. Porém para utilizá-los você terá que estar ligado em uma rede com boa velocidade, nada que seja difícil de achar em hotéis, shoppings ou restaurantes.
Agora se você não tem ou não levou o seu smartphone ou computador, então poderá utilizar as muitas e facilmente encontradas Lan Houses para isso. Só tome cuidado com as informações que acessará através delas, pois algumas não são seguras.
5-      Compra de chips para celular – Muita gente tem feito isso hoje em dia. Compram um celular ou SIM card de alguma operadora do local onde estão, pré-pago e com um pacote de valor ou minutos para ligações locais, internacionais e uso de internet móvel. Esse é um processo que pode ser bem difícil levando-se em consideração a grande diversidade de operadoras e planos. O ideal é pesquisa bastante antes de ir. Muitos sites e blogs dão dicas das melhores operadoras e planos em cada país. É só lançar “celular pré-pago fora do Brasil” no Google.
Na minha última viagem aos EUA utilizei o serviços da CelTravel (www.celtravel.com). Ela é uma empresa que comercializa chips da T-Mobile no Brasil. O site é meio amador e a primeira vista não parece muito confiável, mas tinha visto algumas referências positivas e resolvi arriscar. Não me arrependi. Funcionou muito bem em todas as cidades que estive, inclusive com uma boa internet 3G. Se você quiser falar de forma ilimitada somente nos EUA e ter internet ilimitada vai pagar US$ 3,99 por dia. Se quiser incluir ligações ilimitadas para o Brasil terá de pagar US$ 1,99 a mais por dia. Outra vantagem é o fato de saber antecipadamente o número de telefone que terá chegando lá, podendo fornecer às pessoas que necessitem falar com você. Eles fornecem o SIM card nos tamanhos normal, micro e nano, mas o único defeito é que eles cortam o SIM card para os tamanhos micro e nano, e não oferece nos tamanhos originais. Dê uma olhadinha no site para maiores detalhes.
6-      Walkie Talk – Essa opção se aplica mais nos casos de pequenos grupos e é muito útil para as compras. Eu uso muito com a minha esposa, assim ela vai para um lado no outlet e eu vou para o outro. Quando precisamos nos encontrar é só sacar o walkie talk e se comunicar.
7-      Outras formas – Aí fica a critério da criatividade de cada um. Sinais de fumaça, código morse...


Como última dica em termos de comunicação, fica a sugestão de levar consigo números de emergência, de restaurantes, hotéis, agências de turismo... Desta forma você poderá encontrar facilmente os contatos de que precisa, além de, caso ocorra algum problema com você, outras pessoas poderem entrar em contato com seus números de emergência para poder avisar.

Este post foi curtinho, mas é o que consegui lembrar por agora.

Dúvidas?!

É só perguntar, que eu tentarei responder.

Vamos resumir?!

Invista em você, pois não tem como se arrepender.

Como dizia-se antigamente, quem não se comunica se trumbica...

No próximo post, vamos explorar as nossas alternativas para locomoção.

Até lá.



sábado, 17 de agosto de 2013

Guia definitivo para montar sua viagem – Dinheiro e planejamento financeiro


Se você gosta de viajar como eu gosto, então a primeira coisa a fazer é se planejar.

Se você é rico, então pare de ler agora para não se chocar com essas frivolidades dos pobres mortais.

Agora se você é classe “merdia” como eu, economia é a palavra de ordem nesse momento.

Seja disciplinado e abra uma conta ou um investimento onde mensalmente possa colocar um pouco das suas economias destinadas a viagens.

As vantagens desse tipo de rotina são muitas, mas a principal talvez seja o fato de não fazer dívidas sem ter como pagá-las. Ainda tem o fato de que, tendo o dinheiro em mãos, é possível negociar tarifas diferenciadas, descontos e outras vantagens que só o pagamento à vista podem trazer.

O fato de viajar sem preocupações já deveria ser argumento suficiente para você fazer o que estou lhe dizendo.

Eu sei que é extremamente difícil economizar alguma coisa hoje, mas se você não se disciplinar e começar a fazê-lo, jamais conseguirá.

Não estou pedindo para você economizar R$ 1.000 todo o mês. Que sejam R$ 100 apenas! O importante é começar. Quando chegar a hora da viagem desejada você verá a diferença que esse dinheirinho guardado pode fazer.

Agora se você economizou seu dinheirinho suado e não conseguiu nenhuma vantagem para pagar à vista, divida no máximo de vezes que lhe for permitido. Afinal o seu dinheiro já estará todo reservado e pode render uns juros durante os meses em que estará pagando as prestações.

Não sou nenhum economista. Pelo contrário, minha especialidade é queimar dinheiro. Mas o ideal é que você procure aplicar esse dinheiro em um um tipo de investimento que lhe dê retorno diário, ou no mínimo mensal, e que tenha uma boa liquidez, ou seja possa ser sacado assim que você precise dele. Se você tem perfil arrojado e manja do negócio, apesar da bolsa de valores estar meio instável, aplicar em ações ou fundo de ações é a melhor opção. Mas se você não tem a manha ou quer segurança prefira o CDB, fundos de renda fixa ou a boa e velha poupança. Uma boa pesquisa e uma dose de coragem podem fazer o seu dinheirinho se multiplicar e tornar sua viagem bem melhor.

Atrelar a sua viagem ao seu momento orçamentário tembém faz parte do planejamento financeiro. Não adianta você querer ir ao Tahiti se só tem grana pra ir pra casa de sua vó no interior! Adeque seu destino e opções de hospedagem/passeio de forma que não faça dívidas que não possa pagar. O ideal mesmo é até deixar uma sobra para as dívidas pós-viagem ou já para começar a planejar a próxima.

Ainda como parte do planejamento financeiro é importante que você sempre esteja comprando dólares ou euros, seja em espécie ou como carga em um cartão pré-pago (vamos ver o que é isso mais a frente). Nestas épocas de muita oscilação, isso é ainda mais importante. Se você acha que a cotação está muito ruim, não compre todo o valor de uma vez, mas não deixe para a última hora, pois o valor poderá estar pior ainda e o seu prejuízo ser muito maior. Até 1 ano atrás eu ainda tinha dólares guardados que havia comprado com a cotação de R$ 1,56! Isso é para você ter uma idéia do quanto é importante ir comprando e guardando.

Pronto. Já pagou a viagem toda e sobrou um dinheirinho para esbanjar?! Falta adquirir a moeda do destino da viagem.

Incialmente vamos ver as formas que temos disponíveis para fazer isso hoje em dia.

1-      Dinheiro em espécie – Como o nome diz, é comprar a moeda antes de ir ou já no destino em alguma casa de câmbio. Essa talvez seja a pior forma de negócio, pois está sujeita a muita flutuação e cobrança do maior ágio. Isso sem falar que, muito dificilmente, você consegue adquirir outras moedas no brasil que não o dólar, euro ou libra. Sendo assim você terá de fazer uma dupla conversão, o que vai trazer ainda maiores prejuízos.
Alguns países exigem uma comprovação de que você terá condições de se manter no destino pelo tempo que pleiteou a entrada. Os cartões podem ajudar, mas muitas vezes a presença do dinheiro é o mais valorizado, portanto verifique se esse é o caso do seu destino e não deixe de andar sem uma quantia mínima de dinheiro em espécie.
2-      Traveller Checks – Forma que vem caindo progressivamente em desuso, mas uma das mais seguras ainda disponíveis. São simplismente cheques de viagem que podem ser utilizados diretamente como forma de pagamento (em hotéis, por exemplo) ou trocados por dinheiro. São seguros pois permitem a possibilidade de reembolso em caso de perda ou roubo, mas para isso é preciso que você tenha a numeração de cada um deles. Também tem a vantagem de poderem ser trocados sem cobrança de taxas adcionais, mas não é todo o lugar que faz essa troca, geralmente tem de ser feita na mesma instituição ou afiliadas. Sem prazo de validade, podem ser guardados e utilizados quando você quiser.
3-      Compras ou saques com cartão de crédito – Antes de tudo é preciso que ele seja internacional (tem algum que ainda não é?!) e que você tenha informado ao emissor do cartão sobre a sua viagem, caso contrário ou ele não funcionará ou será bloqueado na primeira compra. Então não esqueça de ligar ou preencher formulários online informando sobre a sua viagem.
Forma extremamente simples de carregar um alto poder de compra (dependendo do seu limite, é claro!), o cartão esconde algumas armadilhas. A primeira é que não existe uma cotação padronizada. Cada operador utliza uma cotação diferente entre os valores do dólar comercial e turismo, tornando difícil de prever assim o valor final da sua compra. Isso sem falar que a cotação utilizada para a conversão final não será nem a do dia da compra, nem a do dia do fechamento da fatura. O valor final será o da cotação no dia em que você pagar a mesma. Sendo assim, se no dia do pagamento o dólar estiver mais barato do que no dia do fechamento da fatura, você receberá o crédito na fatura seguinte. Agora se o contrário acontecer, pode se preparar para pagar uma diferença na próxima fatura.
Cada compra que fizer ainda será acrescida da cobrança de 6,38% referente ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Então se fizer uma compra de US$ 100, pagará US$ 106,38 ao final.
Se a compra for em outra moeda que não o dólar então... Aí eles tem que realizar 2 conversões. Primeiro da moeda que você comprou para o dólar e então do  dólar para o real. Algumas inclusive cobram uma taxa por esta conversão.
Agora se você precisar sacar dinheiro utilizando seu cartão de crédito, além de tudo que falei acima ainda tem a taxa de saque, geralmente de US$ 2,50.
Deu pra ver que não é tão simples assim pôr todas as suas despesas no cartão não é?! Mas não desanime o cartão pode lhe dar a possibilidade de parcelar algumas compras. Sem falar que hoje em dia até pedinte em semáforo aceita cartão de crédito pra receber esmola!
Quer uma vantagem melhor?! Se seu cartão tiver a opção de acúmulo de milhas, com certeza você poderá ganhar um bocado delas.
O melhor mesmo é se informar com a sua operadora de cartão sobre todas as taxas que podem incidir sobre o uso do seu cartão fora do país.
4-      Cartão de débito do seu banco – Você sabia que pode sacar direto da sua conta corrente na moeda do país em que estiver ou pagar sua compra com débito em conta?! Nem eu sabia até pouco tempo. Mas é preciso que entre em contato com o seu gerente para saber se é possível fazer isso com a sua conta, além de saber as taxas. Deve ainda informá-lo no período que for precisar deste serviço. Geralmente incidirá uma taxa de 2,5% sobre o valor da compra no débito. Se for sacar, além dos 2,5% ainda haverá uma taxa de US$ 2,50. É importante ainda saber qual o valor do dólar utilizado para a conversão e lembrar que, se a compra for feita em outra moeda, haverá a dupla conversão.
5-      Cartão pré-pago – Modalidade crescente, os cartões pré-pagos ou “Travel Money” revelaram-se uma das melhores modalidades, tendo em vista a sua praticidade, segurança e possibilidade de controle dos gastos. Você deve “carregá-lo” com a quantia que desejar e poderá utilizá-lo como um cartão de débito comum. Inicialmente a iniciativa foi da VISA, mas hoje outras bandeiras já disponibilizam os seus também. A sua cotação é um pouco mais barata que a compra direta da moeda na casa de câmbio e também sofre a incidência dos 0,38% de IOF, mas só na hora da compra. Não há taxas para o seu uso, exceto se for fazer algum saque nos caixas automáticos, pois aí terá de pagar US$ 2,50 por saque.
Sua segurança está no fato de poder ser cancelado a qualquer momento em caso de perda ou roubo. Além disso eles garantem que repõem o cartão em qualquer lugar do mundo em até 48 horas.
Praticamente todas já oferecem sites e até mesmo aplicativos para smartphones que ajudam no controle dos gastos e permitem a notificação em caso de roubo ou perda, assim como a solicitação de um novo cartão e alteração de dados cadastrais.
Se seu saldo acabou, não tem problema. É só entrar em contato com a agência que fez o cartão e  solicitar uma recarga. Para isso você terá de transferir o valor para a conta da agência e em 24 horas a carga será creditada.
Agora se sobrou dinheiro e você quiser se desfazer dele a agência também compra o crédito, mas aí você vai perder dinheiro, pois eles provavelmente pagarão menos do que você comprou.
Atualmente os cartões são vendidos para cargas em dólar, euro ou libra, mas me parece que já existem alguns que podem ser carregados nas três moedas.
Mais uma vez a desvantagem é a conversão de outras moedas que não a do cartão. Elas utilizam cotações não padronizadas e alguns inclusive cobram taxas para essa operação.
Outra coisa a ficar atento é que, se o cartão ficar inativo por mais de 6 meses, poderão haver taxações sobre o saldo remanescente. Mas não há cobrança de anuidades.

Então qual a forma que devo preferir para levar o dinheiro para a viagem?!

Aí vem a resposta que você não queria ouvir:

Todas elas!

Tá bom. Todas não, mas dinheiro, cartão de crédito e cartão pré-pago são fundamentais.

O dinheiro é fundamental para as primeiras despesas, como transporte, e para as pequenas coisas do dia a dia, como supermercado, lanches... Você deve sempre evitar trocar tudo nas casas de câmbio do aeroporto, pois a cotação tende a ser a pior de todas. O ideal é procurar o local onde haja a maior concentração de opções, pois a concorrência faz baixar o preço. Agora se alguém lhe chamar para um canto escuro e pra pagar o que ninguém mais ofereceu, desconfie e deixe-o falando sozinho. Uma outra importância do dinheiro (mas o traveller check pode se encaixar aqui) é levar um fundo de reserva, que deverá ficar sempre no cofre do hotel, para o caso de emergências e imprevistos, como ser assaltado, pois você precisará esperar que o seu novo cartão chegue e não vai ficar sem dinheiro até lá, não é?!

O cartão de crédito deveria ser evitado, mas existem despesas que não há como evitar, pois são a melhor opção. Entre estas estão o pagamento dos hotéis e do aluguel de carros. Por quê?! Quando você faz o check in no hotel e eles pede o seu cartão, geralmente é feito o bloqueio do seu limite em um determinado valor (na maioria das vezes o valor de 1 diária), que só é liberado alguns dias após o check out. Sendo assim, se você utilizar o cartão pré-pago, terá uma boa quantia do seu saldo bloqueado por um bom tempo. No caso do aluguel de carro a cobrança posterior de multas ou pedágios, também faz do cartão de crédito a sua única opção. Por isso o cartão de crédito acaba sendo necessário. Mas se você não quiser ficar com uma dívida muito grande, a opção é ir com tudo já pago.

O cartão de débito ou o pré-pago devem ser utilizados para as demais despesas, como compras, contas de restaurantes, passeios...

Outra dica básica é não sair com tudo na carteira de uma vez só. Óbvio?! Nem tanto meu caro. Já vi pessoas que passaram o maior perrengue por terem perdido a carteira com tudo dentro. Se você tem mais de 1 cartão de crédito, deixe sempre um deles no cofre do hotel, assim como a maior parte do seu dinheiro e fundo de reserva.

Resumindo: Diversificar é a palavra. Aumenta a segurança e impede que você fique desprevenido caso ocorra algum problema.

Mas qual deles eu devo utilizar mais?!

Essa também não é uma resposta fácil. Vai depender muito do valor do câmbio que o seu banco ou operadora praticar. Mas vamos ver uma tabela compartiva das diversas formas com as suas taxas.

Forma de pagamento
IOF
Taxas
Dinheiro
0,38%
Não há
Compra com cartão de crédito
6,38%
Não há
Saque com cartão de crédito
6,38%
US$ 2,50
Compra com cartão de débito
0,38%
2,5%
Saque com cartão de débito
0,38%
US$ 2,50 + 2,5%
Traveller check
0,38%
Não há
Compra com cartão de débito
0,38%
Não há
Saque com cartão de débito
0,38%
US$ 2,50


Sendo assim, você percebeu que, tirando o cartão de crédito, todas são mais ou menos equivalentes. Tudo vai depender do valor da cotação que cada um estiver utilizando na hora da compra. Geralmente a cotação mais desfavorável é a praticada pelas casas de câmbio, cartões de crédito e pré-pagos que usam valores mais próximos do dólar turismo. Já os cartões de débito dos bancos usam valores mais próximos ao oficial, o que pode contrabalançar a taxa de 2,5% cobrada.

Lembrando que se você estiver em algum país onde a moeda corrente não seja o dólar, sua compra será transformada primeiramente em dólar, para somente depois ser convertida a real. Excessão somente para os casos de cartões pré-pagos em euro ou libra, mas aí tudo que não for em euro ou libra também será convertido primeiramente a essas moedas e depois para o real.

Resumindo tudo: Nunca vai ser uma resposta fácil lhe dizer qual a melhor forma de levar dinheiro para sua viagem. Procure diversificar. Mas se eu pudesse lhe dar somente um conselho, diria que o mais importante é o planejamento financeiro. Se você planejou bem, o que menos vai faltar é dinheiro.

Acho que é isso!

Nos próximos vamos ver alguns outros aspectos interessante do nosso planejamento de viagem, como locomoção, comunicação, o que fazer, compras....