quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Guia definitivo para montar sua viagem – Hospedagem


Com o aumento exponencial do valor das diárias de hotel observado nos últimos anos, este talvez seja o tópico que ofereça o maior trabalho para se conseguir economizar.

Mas seguindo algumas diretrizes básicas, dá pra achar um bom lugar e reduzir os custos.

Vamos começar conhecendo um pouco dos tipos de hospedagem que temos hoje e seus conceitos:

1-      Resorts – Trata-se do ápice da hospedagem no mundo. No seu conceito, o Resort deve incluir uma mega estrutura. São várias piscinas, restaurantes, entretenimento e animação, academia, kids club, spa... Eles são uma atração à parte. Muitos chegam a ser o único ponto de interesse no destino de viagem e são capazes de oferecer opções de entretenimento para, traquilamente, manter-lhe ocupado durante toda uma semana. Local dos sonhos para muitos, os resorts despertam o desejo, mas podem lhe levar a falência. Os mais famosos e cobiçados são de longe os “All Inclusive”, por incluir todas as comidas, bebidas e entretenimento (é claro que para fazer aquele passeio especial, comer aquela lagostinha pistola ou beber aquele whisky 18 anos, você terá de desembolsar um adicional). As diárias de um “resort de revista” podem ultrapassar fácil os US$ 800. É claro que existem opções mais em conta (por volta dos 200 ou 250 dólares a diária), mas aí vai estar mais para um resortinho do que para um RESORTÃO. Para quem viaja com crianças ele pode ser a salvação, oferecendo horas de entretenimento para os anjinhos, para que os pais possam encher o tanque na piscina (só não esqueça de pegar o menino lá depois!!!). Já tivemos a oportunidade de ir em uns 2 ou 3. Vale muito a pena, agora eu sugiro que você só opte por este tipo de hospedagem se realmente for aproveitar TODA a estrutura do local.
2-      Hotéis – Infelizmente não existe uma obrigatoriedade ou um entidade internacional que uniformise a classificação de estrelas dos hotéis no mundo. Sendo assim você pode reservar um de 3 estrelas e quando chegar no local encontrar um puxadinho. Por isso é tão importante ver as opiniões e fotos dos que já se hospedaram por lá em algum dos sites que fazem isso. Acho que todos já sabem, mas não custa lembrar: eles são classificados em estrelas de 1 a 5 (hoje já existem alguns que se entitulam inclusive 6 estrelas), sendo que o de 1 estrela é o mais simples e o de 5 o mais luxuoso. Mas o que define esse “luxo” afinal?! Na maior parte das vezes a diferença está na estrutura mais completa, na quantidade e variedade de funcionários, no acabamento e tamanho do quarto, na qualidade da roupa de cama e banho, na qualidade do restaurante ou academia, entre outros detalhes. Então não espere chegar em um hotel de 1 estrela e encontrar um mensageiro para pegar suas malas, um restaurante fino, elevador, serviço de quarto, lençol e toalha egípcios de 15.000 fios... Sinceramente?! Pagar de 300 a 500 dólares pra ficar num 5 estrelas e ainda ter de pagar tudo à parte só pra ir dormir é muito desperdício de dinheiro. Por outro lado, pagar 50 dólares pra ficar em um de 1 estrela e sair cheio de pulga, além de ter de acordar pra matar barata, também não dá. Sendo assim, concentre as suas buscas entre os de 2 a 4 estrelas. Você pagará entre 100 e 300 dólares pela diária e ficará bem localizado e com o conforto necessário para um sono e um banho reparador, sem exageros.
Atualmente surgiram algumas outras modalidades de hotéis com apelo especial, a fim de atrair ninchos especiais.  Um deles é o hotel Boutique. Geralmente essa categoria abrange estabelecimentos com poucos quartos e um serviço completamente diferenciado. Começando pela decoração, com peças únicas e estilizadas, passando pelas roupas de cama e banho, e finalizando com o serviço. Você se sentirá especial. Um outro fato que caracteriza um Hotel Boutique é que seus quartos nunca são iguais. Cada um deles tem a sua decoração e formato, alguns inclusive colocam nomes neles ao invés de números. Infelizmente eles também são privilégio para poucos. Como são lugares com poucos quartos, suas diárias podem facilmente ultrapassar os US$ 400, mas se conseguir um preço bom não tenha dúvidas em se hospedar lá.
Ainda nessa categoria de outros tipos de hotéis temos os Hotéis Fazenda. O nome já define tudo. São um tipo de hospedagem para que gosta ou quer experimentar a vida no campo. Eles têm toda a estrutura de um bom hotel, mas com atividades específicas como passeios a cavalo, convívio com animais da fazenda, muito verde...
Mais um exemplo são os Hotéis LGBT. Específicos, mas não restritos a este público, geralmente eles estão localizados em regiões com opções de entretenimento também bastante direcionadas. Muitas vezes estão em zonas privilegiadas da cidade e podem ser uma boa opção caso você ou o dono do estabelecimento não tenham preconceitos.
3-      Pousadas – Caracterizadas por uma estrutura menor que a dos hotéis, mas nem por isso pior do que estes, constituem-se em um ambiente mais informal e acolhedor. Geralmente localizadas em lugares que ainda não têm uma estrutura hoteleira bem montada, elas podem estar localizadas na beira da praia ou no alto de uma montanha. Mas não se engane. A depender da localização e da presença ou não de concorrentes, seus preços podem ser tão ou mais altos que muitos hotéis. Não vemos muito este tipo de hospedaria fora do Brasil. Nos EUA você tem os Motel’s que têm uma estrutura muito semelhante a pousadas, diferente do significado que temos aqui. No restante do mundo o que você pode achar de mais parecido são os Hostels (vamos falar um pouco mais sobre eles abaixo).
Outra característica de muitas das pousadas é que elas são empreendimentos domiciliares, ou seja, os donos vivem lá e alugam seus quartos para os hóspedes. Vimos muito isso em Morro de São Paulo e Fernando de Noronha.
4-      Hostel – Muita gente acha que eles são o nome novo para os Albergues. Não deixa de ser verdade. Eles são de muito baixo custo, hospedam muchileiros na sua maior parte, tem quartos e banheiros coletivos, tem cozinhas para que você possa preparar sua comida... Mas muitos deles não exigem a carteira de alberguista para que você se hospede. Além disso, vários já disponibilizam quartos para casais ou mesmo individuais. Já existem vários deles muito bem localizados. Não há luxos, mas as diárias muitas vezes menores que US$ 50 podem valer muito a pena.
5-      Motéis – Como eu falei acima, do jeito que você está imaginando, acho que só existe no Brasil. O significado da palavra nada mais é do que a junção das palavras Motor + Hotel. Sendo assim, lá fora o Motel é um tipo de hospedagem para viajantes. Apartamentos simples e pequenos, com estacionamento ao lado do apartamento e muito prático. Mas eles não são encontrados apenas nas estradas. Hoje já existem Motéis muito bem localizados em cidades com San Francisco, Miami...
Mas mesmo no nosso país ele não deixam de ser uma boa opção para viajantes. Melhores do que muito hotelzinho de beira de estrada e já cobrando por períodos de 12 horas, ou mesmo diária, podem ser uma ótima opção para passar a noite. Sem falar que você pode unir o útil ao agradável...
6-      Acampamento – Seu estilo é aventureiro?! Gosta do ar livre?! Então acampar pode ser uma boa opção. Mas não precisa exagerar indo montar sua barraca na areia da praia ou no alto da montanha, sem nenhuma estrutura de suporte. Muitas cidades, principalmente praianas ou em regiões de parques e montanhas, oferecem uma boa estrutura para campistas, com restaurantes, banheiros, espaço de jogos e lazer... Isso também se aplica aos Motorhomes e Trailers (aquele carro que parece uma casa e aquela casa atrelada ao carro), que podem ser alugados nos EUA e que também contam com boas estruturas de apoio em várias cidades.
7-      Aluguéis – Modalidade cada vez mais popular, com vários sites dedicados ao assunto. Se você for passar períodos superiores a 5 dias no destino e vai com mais de 4 pessoas, esta pode ser uma excelente opção. O valor do aluguel de um apartamento bem localizado dividido por 4 ou mais pode ser muito melhor do que 2 quartos de hotel. É claro que não há o conforto de uma arrumadeira (alguns até oferecem o serviço) ou de um serviço de quarto, mas isso é o de menos. Tome cuidado apenas com termos de contrato e com a instituição que fará a transação. Pegue referências e opiniões na net antes de fechar. Atenção também à necessidade de pré-pagamentos.
8-      Troca de casas e hospedagem – Também tem se tornado bastante frequente, com sites dedicados em número crescente. Muito comum entre os mais jovens, principalmente nas viagens de intercâmbio, têm se disseminado. Hoje você pode entrar em contato com alguém do destino que quer conhecer e trocar de casa pelo período que combinarem. Podem também simplesmente trocar hospedagens, sendo que um período eles serão seus anfitriões no destino e no outro a situação se inverterá. Interessante não é?! Mas também um pouco arriscado. Por isso é importante utilizar o intermédio de um site já habituado a este tipo de transação e com clientes bem cadastrados.
9-      Na rua – Aí também já é demais né!!! Mas, mais ou menos nesta linha, tem o pessoal que viaja durante a noite para economizar uma diária de hotel. Isso é comum nas viagens de trem pela Europa, mas se aplica também às viagens aéreas e rodoviárias. Haja disposição para economizar!

Vamos ver agora quais seriam algumas das diretrizes básicas:

1-      Lei das compensações – Se estiver em um lugar bom economizará nos custos de locomoção. Se estiver longe economizará nos custos de hospedagem. É claro que essa lei não é 100% exata, mas é mais ou menos assim mesmo. Pensando assim, se você for a um lugar com boa estrutura de locomoção e seguro, não se preocupe em ficar em um lugar muito central. Agora se estiver em um lugar sem opções de transporte e inseguro, estar próximo das principais atrações é fundamental.
Vamos a exemplos práticos: Se ficar em Nova York ou Paris, não se preocupe muito em ficar em lugares centrais como a Broadway ou Champs Elysees. O sistema de metrô destas cidades é tão bom e barato, e a cidade é tão segura, que pagar mais barato em um lugar mais distante, não fará muita diferença. Mas para isso é preciso que você fique bem próximo a uma das estações do metrô.
Agora se você for a Bogotá ou Buenos Aires, onde o trânsito é pesado, as outras opções de transporte não são tão boas e a segurança não é tão forte, então pagar um pouco mais para ficar mais próximo das principais atrações, pode ser bem melhor.
Eu prefiro sempre ficar mais próximo das principais atrações ou de algum ponto de interesse, como um bom shopping, um parque, uma rua com bons restaurantes... Desta forma sempre terei uma opção para a noite ou algum momento em que estiver mais cansado.
Mas pra saber qual o melhor lugar para ficar é preciso que você reuna o mínimo de informações sobre o destino que vai e, se possível, de múltiplas fontes. Também é preciso que defina os seus interesses por lá.
2-      A importância dos sites de busca – Sem dúvida nenhuma, este é o ponto “X” da questão. Sem estas ferramentas é totalmente impossível conciliar um bom lugar, com uma boa hospedagem e um bom preço.
As ferramentas que mais utilizo são o Booking e o TripAdvisor. A primeira pesquisa é sempre no Booking, pois ele têm um banco de dados muito bom e me dá a opção de muitos filtros, como faixa de preço, estrelas, amenidades... Além disso, permite a visualização das opções no mapa da cidade. Isso facilita muito a busca por um bom local.
Após a busca, geralmente faço uma lista dos hotéis que mais me interessaram e com as suas devidas faixas de preço. A partir daí começo a lançar os nomes no TripAdvisor e ver suas cotações e opiniões dos hóspedes, assim como as fotos postadas por eles. O booking também tem a opinião dos hóspedes, mas eu acho que seus comentários são muito mais superficiais que os presentes no TripAdvisor.
Sabendo a localização do hotel, seu preço e a opinião dos hóspedes, aí sim faço a minha escolha.
Agora volto a lembrar a você que, antes de fechar no site de busca, procure pesquisar o preço no site do hotel também. Muitas vezes o preço é o mesmo. Além disso você pode pesquisar vários tipos de quarto e pacotes, que muitas vezes o site de busca não disponibiliza. Outra razão é poder negociar diretamente com o prestador do serviço e não o seu intermediário, assim em caso de cancelamento ou alterações na reserva é muito mais fácil de realizar. Já ví relato de pessoas que chegaram no hotel e não tiveram a sua reserva feita pelos sites de busca localizada ou garantida. Muitos resolveram ligando para eles, mas já imaginou a dor de cabeça?! Mas existem também situações em que os hotéis não oferecem a opção de reserva pela internet nos seus sites ou realmente o preço no buscador é mais barato. Aí sim a reserva pelo buscador é melhor.
Os Blogs também oferecem muita ajuda com opiniões bem completas sobre os hotéis em que os outores ficaram hospedados, além de falar sobre o destino.
3-      Cuidado com as regras da tarifa – Assim como no caso das tarifas aéreas, observe todos os termos da tarifa a ser contratada. Geralmente as mais baratas exigem o pagamento total antecipado e não dão direito a reembolso. Observe ainda as tarifas que não estão inclusas no valor da diária. São taxas de turismo, taxas locais, impostos... Pode parecer insignificante, mas em alguns lugares esses valores podem aumentar em até US$ 20 o valor da diária. Portanto esteja atendo.
4-      Abandone o preconceito – Só gosta de hotéis de luxo ou de grandes redes de alto padrão?! Então pode se preparar para deixar o valor de mais uma viagem no cartão de crédito quando sair de lá.
O mesmo problema da ascenção dos preços, principlamente nos hotéis de 4 a 5 estrelas, fez surgir a concorrência de redes de menor expressão e outras opções de hospedagem.
Particularmente eu gosto muito de algumas redes de um custo mais em conta, como Ibis e Best Western por exemplo. Seus quartos são de certa forma padronizados em todo o mundo e oferecem uma boa cama e um bom banheiro (itens de 1ª necessidade em 99% das suas viagens). A falta de firulas que raramente utilizamos, como piscina, academia, spa e outros, além da redução de funcionários, faz com que as diárias possam tomar menores proporções.
A demanda por hospedagens mais baratas também fez aumentar bastante o número de Hostels em várias cidades do mundo. Muitos com localizações excelentes inclusive.
5-      As vezes o luxo é um “mal” necessário – Vai ficar em algum lugar sem tantas opções de passeios?! Vai passar a maior parte do tempo no Hotel?! Nestes casos meu amigo, um bom local pode ser a sua salvação. Quando fomos a Punta Cana por exemplo, ficamos 7 dias e as opções de passeio não eram tantas assim e as distâncias um pouco longas, com serviço de transporte escasso e caro. Sabíamos que boa parte do tempo seria no hotel. É verdade que boa parte da hospedagem de lá é em Resortes All Inclusive, mas ainda assim existem resorts e RESORTS. Sendo assim optamos por um de médio porte digamos assim. Não podia ter sido melhor. Havia 5 opções de restaurantes com excelente comida, entretenimento todas as noites, Spa, academia, atividades durante o dia, opções de esporte.... Enfim, não houve um dia sequer de tédio e ainda aproveitamos bastante. Então, se este for o seu caso, não se arrependa nem um instante em investir um pouco mais na hospedagem.
6-      Verifique se fechar através de uma agência não é melhor – Mais uma vez vem a questão dos bloqueios que as agências conseguem fazer, principalmente em períodos de alta procura, pode fazer com que tenham preços bastante competitivos. Algumas vezes existem também benefícios incluídos, como o translado ou algum city tour. Pesquise.
7-      Dê-se alguns dias de glamour – Vai passar 5 ou 7 dias no destino?! Só vai ficar ocupado uns 3 ou 4 dias?! Divida a hospedagem. Fique os dias em que estará mais ocupado em um hotel mais barato e nos outros mude para um mais luxuoso, afinal de contas você trabalha tanto pra quê?! Permita-se esse luxo, mas sem extravagâncias é claro.
Mais uma vez lhe dou um exemplo. Quando fomos a Cancun, como existem 2 ou 3 passeios que ocupam o dia inteiro, fiquei no IBIS de lá nas primeiras 4 noites. Nas 3 restantes, em que não faria mais passeios, me hospedei no RIU Palace, em sistema All Inclusive, onde pude viver 3 dias de rei. Curti bastante e devo ter economizado uns US$ 1000 de hospedagem.
8-      Maleabilidade – Mais uma vez, esse princípio também se aplica aos hotéis. Alguns hotéis, principalmente os executivos, tem as suas diárias reduzidas em 50% ou mais durante o fim de semana. Sendo assim, se você pretendia viajar de segunda a quinta, pense em mudar para de quinta a domingo.
Observe as promoções no site dos hotéis ou nas agências de turismo. Alguns bons hotéis oferecem diárias a mais ou créditos para serem utilizados durante a sua hospedager, caso permanece por um número “X” de noites. Por exemplo: Fique 4 noites e ganhe a quinta; Fique 5 noites e ganhe US$ 200 em créditos para utilizar no hotel; Fique 4 noites e ganhe free upgrade + jantar romântico + Late check out... Então, se pretendia ficar 3 noites, estique um pouco mais a sua viagem para aproveitar os descontos.
Quer ficar em um hotel?! Seja maleável e procure outras opções de hospedagem. Pode se surpreender tanto no valor quanto na qualidade do local.
9-      Última hora – Gosta de arriscar?! Gosta de viajar sem programação?! Alguns hotéis fazem queima de quartos de última hora, principalmente em baixas estações ou quando a sua ocupação está abaixo dos 60%. Pode-se conseguir excelentes barbadas, mas isso demanda um certo trabalho e muita negociação. Acho que já existem sites especializados neste tipo de informação hoje em dia, mas não conheço nenhum.
10-   Clubes de Hospedagem –  Prática muito comum atualmente, estes prestadores de serviço cobram uma mensalidade e lhe oferecem uma certa quantidade de diárias em hotéis no Brasil e/ou no mundo por ano. Algumas das mais coinhecidas são a Montreal, Banstur e Bancobrás. Os discontos podem chegar a 50 ou 60% a depender da época do ano. As opções são grandes e muitas vezes em bons hotéis. Eu ainda prefiro não fazer, pois gosto de ter a liberdade de escolha ao meu critério e geralmente você tem que pagar alguma diferença de valor para ficar nos melhores lugares ou se quiser um quarto melhor que o Standard. Mas pode ser uma excelente opção, principalmente se você não tem disciplina para economizar e tem preguiça de garimpar o melhor lugar com o melhor preço.
11-   Tem cara de pau?! Use-a! – Peça a tarifa mais barata. Peça o upgrade de quarto. Peça o erly check in e o late check out... é difícil conseguir, mas com jeitinho...
12-   Clube de fidelidade – Gosta de ficar hospedado naquele rede de hotéis?! Então não hesite em se increver nos seus programas de fidelidade. Além de não ter custo, esta é uma outra forma de conseguir um serviço diferenciado ou descontos. Early check in, late check out e upgrade de quarto, são algumas das vantagens que você pode ter. Diárias gratuitas e troca de pontos por produtos ou com outros programas de fidelização, são outras excelentes vantagens. Quanto maior a sua categoria, maiores os benefícios.


Chegou no Hotel?!

A primeira coisa a saber é o seu horário de check in. Muitos estabeleceram o horário de 14 ou 15 horas para a entrada, mas já existem alguns que colocam inclusive as 16 horas. É claro que isto não é muito rígido. Muitos deles permitem que você entre mais cedo caso o seu quarto já esteja disponível. Caso não seja este o caso, você tem a opção de fazer o check in e deixar a sua mala em um local específico na recepção, assim pode sair e retornar mais tarde para ir ao quarto. Os melhores hotéis oferecem drinks ou descontos para contrabalançar essa sua espera.
Para fazer o check in é preciso apresentar um documento de identidade (passaporte para os fora do país) do autor da reserva e dos outros que também ficarão no quarto. Deixe-o à mão. Um cartão de crédito (internacional para os de fora do país) para garantia da reserva também é necessário, mesmo que você tenha pago integralmente a reserva antecipadamente. Deixe também a mão algum comprovante da reserva, pois se a recepção não conseguir localizá-la, você precisará dele. Na maioria dos locais esse é um processo bem chato e algumas vezes demorado, mas em outros... Alguns resorts fazem desse momento um ritual, oferecendo drinks de boas vindas e uma verdadeira aula sobre o funcionamento e atrações do local. Em outros locais esse procedimento é uma mera formalidade, tamanha a praticidade. Você chega e já está tudo pronto. É só passar o cartão e assinar o papel.

Hospedado?!

 Agora é hora de alguns cuidados de etiqueta para evitar situações chatas.

1 – Seja discreto – Grande parte das construções atuais, e nos hotéis mais ainda, as paredes são extremamente finas. Muito poucos tem isolamento acústico. Alguns inclusive, permitem partilhar toda a vida do seu vizinho. Sendo assim, procure ser discreto com o som da TV, com a discussão da relação e com os sons de outro tipo de relação. Quando chegar com a turma depois de uma noite de libação alcoólica, tente não falar alto nos corredores ou vomitar nas áreas comuns. Manter trajes minimamente decentes também é um bom conselho. Andar pelos corredores de biquini, sunga ou topless pode gerar algum constrangimento para os papais, mamães e criancinhas presentes no local.
2 – Seja bondoso – Esse é um hábito que adquiri nas minhas viagens para fora do país e que tenho adotado sempre. Por mais cara que possa ser a diária, procure reservar alguns trocados para as pessoas que lhe atendem bem. Dar gorjetas, quando as pessoas merecem, é apenas o reconhecimento de um bom trabalho. Concordo que isso não deveria existir, mas essas pessoas geralmente ganham tão pouco e lhe atendem tão bem que não custa nada. Geralmente eu sempre dou de 3 a 5 dólares ao carregador de malas, deixo 2 dólares por dia para a camareira, pago 10 a 15% ao garçom e arredondo para cima as corridas de táxi. Mas também não saio distribuindo dinheiro na rua, apenas recompenso as pessoas que prestam um bom serviço.
3 – Salve o planeta – Não é porque você não está em sua casa que pode fazer coisas hediondas. Você troca de toalha todo dia em casa? Você deixa as luzes acesas o dia inteiro? Você toma banho de 3 horas e 5 vezes por dia? Você vandaliza e quebra tudo? Não se espante, pois isso não é incomum. E não é uma exclusividade dos brasileiros. Pelo contrário, nós somos fichinhas perto de alguns povos. Mas se você fizer a sua parte já está bom demais.
4 – É all inclusive, mas não é a última refeição da sua vida – Se você é daqueles que quer tirar o dinheiro que pagou comendo e bebendo tudo que passa pela frente, esqueça. É praticamente impossível fazer isso. Nem os bulímicos conseguem. Abstraia o que pagou e divirta-se com moderação.
5 – Problemas ?! – Posso dizer a você que, se o local foi bem escolhido, a chance de se estressar durante a sua hospedagem é em torno de 10 a 20%. A maioria é de muito simples resolução, mas algumas podem lhe tirar do sério. Graças a Deus passamos por muito poucas dessas. O segredo é sempre se direcionar a recepção e tentar agir com educação e calma, falar sobre o problema e tentar resolver do melhor jeito. Não conseguiu?! Procure a gerência ou a maior autoridade no local. Em 99% das vezes resolve, mas nos outros 1%... Procure não andar armado. Não teve jeito?! Retornando, vá nos sites de opinião e desça o pau (com perdão da má palavra).
6 – Curta um pouco – Pagou caro?! Está em um bom hotel? Tire um dia ou pelo menos um turno para aproveitar um pouco da piscina, academia, spa, restaurante... Sempre deixo para o último dia, a fim de relaxar antes de encarar a viagem de volta.
7 – Missão de reconhecimento – Procure conhecer o entorno do hotel, sondar bons locais para comer, localizar os meios de transporte, procurar lugares bons para compras, checar a segurança...
8 – Veja os serviços do hotel – Na maioria das vezes eles serão bem caros, mas você pode se surpreender com algumas coisas que não são muito divulgadas. Por exemplo: alguns hotéis, principalmente os mais próximos aos aeroportos, oferecem o transfer gratuitamente; Outros oferecem transporte gratuito ao centro da cidade, a algum shopping ou restaurante; Outros tem lavanderia self service; Outros oferecem descontos em alguns serviços... Isso só para dar alguns exemplos. Pergunte. Poderá lhe render boas surpresas e muita economia.
9 – Cuidado com os “all tudo” ou pensão completa – É claro que ter tudo de graça ou poder fazer todas as refeições no hotel é bastante cômodo, mas isso só se aplica para os lugares em que você não tem opções. Se você vai passar o dia fora ou a cidade oferece excelentes opções, fuja destes pacotes, pois eles custam caro e nem sempre valem tanto a pena assim.
10 – Não é medo de altura – Se a sua única vista será para a janela de outro hotel ou para um mar de concreto, prefira os andares mais baixos. Você não sabe o tempo que pode ter que esperar pelo elevador ficando lá na cobertura. Em horários de grande movimento dá pra perder a paciência. Mesmo nos andares mais baixos, às vezes o elevador vai chegar lotado, mas sempre haverá a opção das escadas. Ainda tem mais! Se faltar luz ou o local começar a pegar fogo você estará a poucos degraus da saída.
11 – Partilhe a sua experiência – Gostou? Não gostou? Ajude os próximos viajantes e compartilhe a sua opinião sobre o hotel e as atrações do lugar onde esteve, seja em um blog, no TripAdvisor ou em algum outro site de opinião. Esta, que já é uma prática comum lá fora, ainda não faz parte dos nossos hábitos, por isso é tão difícil achar opiniões na nossa língua. Não seja preguiçoso!

Teve uma boa estadia?!

Que bom.

Agora é hora do check out.

O momento mais doloroso, caso você já não tenha pago a estadia antecipadamente. No Brasil ainda tem-se aquele costume de mandar alguém ao quarto para ver o que você consumiu no frigobar, se não roubou os travesseiros ou toalhas... Mas lá fora pode ser um procedimento extremamente e surprendentemente simples. Vários hotéis inclusive oferecem o serviço de acompanhar a sua conta pela TV do quarto em um canal especial e fechado. Ainda há o check out express, que lhe permite, ao concordar com o valor final da conta, autorizar o débito no cartão de crédito cadastrado no check in pela TV ou formulário específico. Aí é só deixar a chave em um local específico na recepção e sair sem precisar dar satisfação a ninguém. Depois você receberá sua nota fiscal por e-mail. Genial isso, não é?!

Se você quer curtir o hotel ou seu quarto até o último segundo, tenha cuidado. Geralmente a partir das 10:30 ou 11:00 horas eles bloqueiam a chave, então, se você não estiver no quarto, terá de ir a recepção para desbloqueá-la e ser advertido de que já está na hora de sair.

Seu voo é mais tarde? Não tem o que fazer?! Uma boa conversa com a recepção ou com o gerente pode render um late check out gratuito. Se o hotel estiver vazio ou você tiver o programa de fidelidade deles fica mais fácil ainda. Não rolou?! Ainda existe a possibilidade de negociar meia diária ou algumas horas a mais por pequenos valores. Melhor do que ficar várias horas sem fazer nada no aeroporto. Já estourou o limite dos gastos?! Aí meu amigo, sua última opção é deixar a mala no maleiro do hotel (é de graça!) e sair pra matar o tempo em algum lugar. Nada disso lhe agradou?! Então vá ao aeroporto e fique a ver aviões...

Acho que é isso aí gente.

Dúvidas?! É só perguntar abaixo.

No próximo episódio vamos falar sobre dinheiro e planejamento financeiro.

Até lá...

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